Nosso correspondente em Los Angeles, Steve Weintraub, do site parceiro Collider, esteve frente a frente com o elenco de Os Agentes do Destino (Adjustment Bureau), filme que estreia este fim de semana lá nos Estados Unidos e só em abril aqui no Brasil.
Depois de falar com Matt Damon e Emily Blunt, ele também parou para bater um papo com Anthony Mackie (Guerra ao Terror). O ator falou do processo de ensaios antes das filmagens, o trabalho ao lado do diretor estreante George Nolfi (O Ultimato Bourne, Doze Homens e um Novo Segredo) e os projetos em que está envolvido Abraham Lincoln: Vampire Hunter, Man on a Ledge, Ten Year e Real Steel.
Assista:
Parabéns pelo filme.
Muito obrigado
Este foi um projeto pelo qual você lutou, ou ele veio atrás de você? Pode nos contar algo sobre isso?
Não, não. Eu fui atrás dele. Quando li o roteiro fiquei extremamente empolgado pelo modo com que Nolfi o escreveu. E Matt e Emily são duas pessoas com quem eu sempre quis trabalhar. Então me encontrei com George, fiz o teste e implorei pelo papel.
Você poderia contar como foram os ensaios? O quão importante são os ensaios, ou você prefere criar coisas no set?
Eu odeio criar no set. Eu gosto de ensaiar. As melhores coisas aparecem no ensaio. Geralmente nos ensaios temos mudanças no roteiro. Ali as ideias são melhoradas e você compartilha com os outros atores o que pretende fazer. Eu gosto de criar isso nos ensaios, pois quando as câmeras estão rodando, nós podemos recriar aquilo. Nós tivemos muitos ensaios antes das gravações. É muito importante, eu sinto como se pudesse fazer melhor o filme.
Quando se trabalha com um diretor-roteirista, às vezes eles são muito... eles não querem mudar uma vírgula. E outros diretores-roteiristas são completamente abertos para mudar e adaptar o roteiro no set. Pode nos dizer como foi trabalhar com George?
George era um pouco dos dois. Ele era muito aberto. Se algo não estivesse funcionando, ele faria de tudo para que funcionasse. O que para mim, é o melhor tipo de roteirista tanto no teatro quanto no cinema. Porque ele acredita nos atores que contratou. E foi bom porque em muitas ocasiões, as coisas não estavam dando certo e ele sentou conosco - individualmente ou como um grupo - e perguntou o que nós achávamos ou como poderíamos melhorar o projeto. Ele estava muito aberto e muito seguro de sua posição como diretor-roteirista. E muito disposto a nos deixar dar nossa contribuição.
Vocês filmaram em Nova York. Você pode contar como foi filmar na cidade e como isso ajudou?
Foi muito bom. Nova York é um ótimo cenário para qualquer filme pois é diferente a cada esquina. Então foi uma ótima oportunidade conseguirmos filmar em Nova York simplesmente porque cada tomada tem por trás um elemento da cidade. E isso muda completamente toda a emoção e o clima do filme.
Tenho que perguntar uma coisa: desde 2004, 2005 você tem trabalhado direto. Como foram os dois últimos anos para você? Pois eu estava olhando no IMDB e você fez muitos filmes recentemente. Você pode contar como foram seus últimos dois anos?
Os últimos dois anos foram bem interessantes. Desde 2007 quando eu terminei Guerra ao Terror tive um bom fluxo de projetos interessantes. Eu sinto que cineastas, roteiristas e diretores estão começando a fazer projetos fora do comum. Não há nada neste projeto que seja normal. E é bom poder ler estes roteiros e ser visto com um ator capaz de fazê-los.
Como vai se preparar para ser um caçador de vampiros em Abraham Lincoln: Vampire Hunter?
Com muito exercício. [risos]
Na verdade, este é um projeto no qual eu estou ansioso para conversar. Pode nos contar sobre isso. Você lutou pelo papel?
Eu conversei com os produtores e roteiristas há uns 3, 4 meses. E quando eu ouvi falar nele. Me pareceu um tanto ridículo. Eu pensei: não tem como eles transformarem isso num bom filme. Eu li o roteiro e conversei com Timor, o diretor, e fiquei muito impressionado com o que ele fez. E a idéia, a premissa da história é realmente baseada em fatos sobre Abraham Lincoln no passado. E eles só acrescentaram essa sub-trama de vampiros, que, na verdade, funciona muito bem. Eu fiquei muito surpreso com o que eles conseguiram fazer com o roteiro.
Eu estou ansioso por isso. De verdade. Quando vocês começam a filmar?
Nós vamos começar no final de março, em Nova Orleans. Eu estou muito empolgado para pegar o meu facão e sair esquartejando vampiros.
Gostaria de perguntar outra coisa. Você fez Man on a Ledge, Ten Year e Real Steel. Nós temos que terminar, mas você poderia falar rapidamente sobre estes filmes?
Man on a Ledge é com Sam Worthington que no filme é um homem que chegou no limite. Eu faço seu ex-parceiro policial e tento ajudá-lo a sair desse limite. Simples, né?Ten Year é um filme com Channing Tatum e um elenco incrível. Um grupo de amigos basicamente se juntou para fazer um filme porque somos todos amigos do diretor-roteirista Jamie Linden. O filme fala de uma reunião de dez anos depois do colegial. Se passa numa pequena cidade, e mostra os diferentes aspectos de como uma pequena cidade afeta as pessoas quando elas crescem e voltam a se encontrar, já adultas, voltando ao mesmo lugar de quando estavam no colegial
E Real Steel é um filme de pancadaria entre robôs. É ótimo. É um filme de Shawn Levy e ele pegou um mundo futurístico do boxe e transformou isso numa históra épica, maior do que a vida. Será um grande filme! E foi bacana, porque estávamos no set, e eles realmente fizeram robôs de 3 metros. Você está lá parado, e um robô passa por você. Foi fantástico! Foi até estranho. Detroit foi um cenário perfeito para o projeto. O filme não era pós-apocaliptico mas era meio industrial. E Detroit se enquadrou muito bem.
Temos que encerrar agora. Muito obrigado.
Não foi nada.
Os Agentes do Destino tem estreia prevista para o Brasil em 15 de abril.
