Iniciada em 2005, a venda da DreamWorks SKG para a Paramount Pictures se concretizou na última quarta-feira. Pelo negócio, Steven Spielberg e David Geffen - o S e o G da sigla completa pelo ex-Disney Jeffrey Katzenberg - permanecem, respectivamente, nos cargos de diretor e presidente da DreamWorks.
A compra faz parte da campanha de fortalecimento do recém-criado grupo New Viacom. A gigante do entretenimento Viacom, empresa estadunidense que engloba, principalmente, canais de TV e estúdios de cinema, se dividiu em duas na virada do ano. De um lado, que agora se chama CBS Corporation, permaneceram a CBS Television Network, UPN, Infinity Broadcasting, Paramount Television, Showtime e outras empresas. Do outro lado, foi criada a citada New Viacom, que fica com a MTV Networks (MTV, VH1, Nickelodeon, Comedy Central, CMT...), a Paramount Pictures e a Paramount Home Entertainment.
A Paramount primeiro recuou em relação à proposta, devido ao preço e aos rearranjos internos da Viacom. Tomou a decisão, porém, para impedir os avanços da concorrente NBC Universal, que demonstrava agressivo interesse na DreamWorks. O valor, 1,6 bilhões de dólares à vista, mais repasse das eventuais dívidas da DreamWorks, foi metade pago pela Paramount. A outra metade, dividida entre várias companhias parceiras que participaram da aquisição.
Com isso, a Paramount conquista, em essência, o direito de lançar e relançar os desenhos da DreamWorks Animation e os mais de sessenta filmes que a SKG produziu desde 1994, ano de sua criação, que inclui ganhadores do Oscar como O resgate do soldado Ryan e Beleza Americana. Começa agora, também, um acordo de sete anos que garante à Paramount os direitos sobre as novas produções do estúdio, tanto no cinema quanto no DVD e na televisão. O primeiro fruto dessa relação - que deve vigorar para valer a partir do segundo semestre - é o lançamento de Os Sem-floresta (Over the hedge) em 27 de maio.
Como o forte da Paramount é a rede de distribuição mundial, ela já tinha a faca e agora ganha o queijo, fresquinho.
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