Com um vasto catálogo que reúne filmes de diversos estúdios, além de produções originais, o Prime Video nem sempre deixa claro para seu assinante quantos ótimos filme estão presentes no serviço devido a interface meio bagunçada. Pensando nisso, o Omelete entrou em ação.
Quer você queira encontrar algo que vai com seu gosto, ou esteja pronto para sair da zona de conforto, a lista abaixo tem algo para você. Composta de 10 ótimos filmes, disponíveis agora mesmo no Prime Video, ela tem clássicos, lançamentos recentes, animações e grandes blockbusters. Há algo para todo mundo.
Lista atualizada em 23 de abril.
Homem-Aranha no Aranhaverso
Vencedor do Oscar de melhor animação, e um dos melhores filmes de super-heróis de todos os tempos - ao menos, na minha lista. Homem-Aranha no Aranhaverso tem uma animação super estilosa, conta uma história genuinamente tocante de amadurecimento e pertencimento, e usa o conceito de multiverso melhor que a maior parte das outras produções envolvendo heróis da Marvel. Vale apontar que a excelente continuação, Através do Aranhaverso, também está no Prime Video - mas tudo começa aqui.
Shrek 2
Aqui selecionei o segundo filme, porque - apesar de o primeiro Shrek ser um clássico que quebrou barreiras para animação hollywoodiana - é quase unanimidade que ele seja o melhor da franquia. Shrek 2 aumenta o tom e a frequência das piadas, seja ao zoar mais personagens de contos de fadas ou ao apostar em bobagens antológicas (da cena de acusação na mesa de jantar ao número musical da Fada Madrinha, não faltam momentos inesquecíveis), e ainda dá profundidade insuspeita aos personagens de uma saga que nasceu como pura sátira. Se Shrek 5 existe, a culpa é desse capítulo aqui.
RoboCop: O Policial do Futuro
Talvez o blockbuster mais subversivo da história de Hollywood, RoboCop continua sendo um grande filme visto hoje, quase 40 anos depois de seu lançamento original (em 1987). Paul Verhoeven dirige a ação e os efeitos especiais - muito à frente de sua época - com a mesma energia com a qual reproduz e desmonta, em tom franco de sátira, cada uma das referências imagéticas do complexo policial e midiático dos EUA. Um filme de ação anti-violência, e uma ficção científica arrepiante ao retratar o uso da tecnologia em todas as áreas da sociedade.
Matrix
No espectro oposto do sci-fi - mas igualmente clássico - está Matrix, com o qual as irmãs Lana e Lilly Wachowski escreveram o seu nome permanentemente no hall da fama da cultura pop. Emprestando ideias estéticas e narrativas dos animes (qualquer um que viu Ghost in the Shell sabe do que estou falando) e utilizando-as para contar uma história de descoberta de identidade que ressoa para muito além das simbologias políticas que inspirou, elas revolucionaram o cinema de ação hollywoodiano e criaram uma das tramas mais emblemáticas da história do cinemão estadunidense em uma tacada só.
Coerência
Depois desses dois arrasa-quarteirões de ficção científica, talvez Coerência seja o antídoto perfeito: um indie sobre realidades paralelas, de orçamento reduzido que se reflete em sua locação única e na relativa anonimidade do elenco. Nem por isso ele se torna uma história menos instigante - conforme um grupo de amigos descobre que está no meio de um fenômeno cósmico em que podem existir múltiplas versões de cada um deles, a atenção aos detalhes do cineasta James Ward Byrkit vai se tornando óbvia, e as implicações emocionais arrepiantes da trama vão batendo mais forte. Você vai querer assistir mais de uma vez.
Ela
Na mesma vibe de mostrar que ficção científica não é só tiro, porrada e bomba, Spike Jonze fez de seu Ela um romance marcante ambientado em um mundo futurista só um pouquinho afastado do nosso. Quando Theodore (Joaquin Phoenix) se apaixona pela nova inteligência artificial que comanda os seus dispositivos eletrônicos (voz de Scarlett Johansson, talvez na melhor performance da carreira), uma história dolorosamente familiar de paixão e desilusão vai se desdobrando em novas implicações - o que significa se apaixonar? Quando amamos alguém, o que amamos nesse alguém? É possível sentir luto por algo que nunca foi real? Separe os lencinhos e aperte o play.
Os Outros
Dono de um dos plot twists mais famosos da história do cinema, Os Outros pode ter perdido um pouco do apelo para quem já sabe o seu segredo - mas não se deixe enganar: o terror estrelado por Nicole Kidman ainda é um filmaço, mesmo que alguém tenha estragado o final para você. Dirigido com atmosfera exemplar por Alejandro Amenábar, e contando com uma performance nervosa de Kidman, sempre brilhante como personagens engajadas em uma tentativa fútil de enganar a si mesmas, o suspense tem mais surpresas e emoções no meio de seus 101 minutos de exibição do que qualquer resumo de YouTube pode te contar.
Oppenheimer
Vencedor de 7 Oscar, incluindo o de Melhor Filme, este filme de Christopher Nolan pode não ter convencido os detratores do cineasta a adorá-lo tanto quanto a Academia - mas ainda vale uma visita com olhos menos enviesados. No papel, Oppenheimer é a história do criador da bomba atômica, mas o que se vê na tela durante as três horas de duração é na verdade um mergulho profundo nas obsessões, fetiches e medos de um dos cineastas emblemáticos da atualidade. Com a ajuda do olhar turvo de Cillian Murphy, e da montagem sábia de Jennifer Lame (ambos premiados com suas próprias estatuetas), Nolan criou o filme mais Nolan de sua carreira. Se isso é bom ou ruim, quem decide é você.
O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei
Por falar em Oscar… o capítulo final da saga O Senhor dos Anéis ainda é um dos recordistas da premiação, levando 11 estatuetas para casa - e pudera: nas mãos de Peter Jackson, essa é uma das conclusões mais bem executadas da história do cinema, um feito ainda mais impressionante por conta da escala monumental da história que ela representa. Cheio de momentos emocionais potentes, cenas de batalha minuciosamente realizadas, cenários deslumbrantes e atuações intensas, O Retorno do Rei é cinema maximalista como nenhum outro já foi e, muito provavelmente, nenhum outro jamais vai ser.
Parasita
A obra-prima de Bong Joon-ho, que rendeu o primeiríssimo Oscar de Melhor Filme para um longa não falado em inglês, é também uma das sátiras sociais mais afiadas da última década. Dinâmico, cheio de suspense e ricamente costurado em suas emoções de ressentimento de classe, mas também visualmente imaginado e encenado com precisão clínica, Parasita representa uma junção ideal de cinemas: o da consciência social e o da excelência técnica. Não foi à toa que a Academia se sentiu na obrigação moral de premiá-lo - como poucos filmes dos últimos anos, Parasita é simplesmente inegável.
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