Como Quarteto Fantástico e Superman, finalmente, unem Marvel e DC

O início dos anos 2000 foi o começo de tudo. Depois de anos de tentativas, muitos fracassos e alguns sucessos, o cinema achou o caminho para adaptar quadrinhos. Começou com uma mescla do realismo de X-Men com o colorido de Homem-Aranha, que acabou virando o sombrio e realista de Batman Begins, e a realidade fantástica do Homem de Ferro.

Os anos 2010 estabeleceram de uma vez por todas o que os nerds da década de 1970 e 1980 já sabiam: as histórias mais incríveis daquelas época estavam nas páginas de quadrinhos - e agora o mundo inteiro ia entender quem era Tony Stark, Thanos, Arthur Curry, Diana Prince e Rocket Racoon. O fim dessa década culminou na “heróização” de vilões como Coringa e a materialização máxima do fanservice em Ultimato. E depois do auge, o que vem? Uma queda, naturalmente, ainda mais com pandemia e uma mudança drástica no comportamento e na vida da audiência. Eis que, após o realismo fantástico e o sombrio, o caminho do cinema de heróis aponta para um destino muito mais solar - literalmente.

O Superman de James Gunn voa para os céus vestido com vermelho e azul cintilantes, acompanhado de um cachorro que simboliza companheirismo e fidelidade; enquanto o Quarteto Fantástico da Marvel abraça o retrofuturismo numa aventura que parte da base familiar para se conectar com o público. E o que antes buscava “sentido” nas regras da nossa realidade para ter um propósito, parece finalmente ter voltado às origens para se renovar e recomeçar as próprias histórias. Sem o cinismo de um tempo em que ser humano era menos, em que ter cor era ser infantil ou que não havia espaço para imaginar, só explicar.

2025 tem tudo para ser o início de uma nova era de quadrinhos no cinema.

Uma era que simboliza aprendizado, mudanças, transformações e, principalmente, esperança.

Vem logo, julho!