Roman Polanski vai enfrentar outro julgamento por estupro nos EUA. O diretor polonês foi acusado de abusar de uma mulher que não teve ser nome identificado, em 1973, quando ela tinha 16 anos de idade.
Segundo a advogada Gloria Allred, que representa a vítima, o julgamento de Polanski foi marcado para 4 de agosto de 2025, e o diretor já foi informado sobre o procedimento judicial em sua casa na França. A informação é do Deadline.
Polanski dificilmente fará a viagem aos EUA para enfrentar o julgamento pessoalmente, uma vez que é fugitivo da Justiça estadunidense desde 1978, quando deixou o país abruptamente para evitar ser preso pelo estupro de Samantha Geimer, que na época tinha 13 anos de idade.
O diretor de filmes como O Bebê de Rosemary e Chinatown desde então chegou a um acordo com Geimer, que envolveu o pagamento de uma indenização de US$ 500 mil. A vítima já falou várias vezes, publicamente, que gostaria de deixar esta questão para trás.
Por outro lado, Polanski foi acusado de abuso e assédio várias outras vezes desde então: a atriz alemã Renate Langer disse à polícia suíça que o diretor a estuprou em 1972, quando ela tinha 15 anos; a artista estadunidense Marianne Barnard alegou que Polanski a assediou em 1975, quando ela tinha 10 anos; a fotógrafa francesa Valentine Monnier acusou Polanski de estuprá-la, também em 1975; e a atriz Charlotte Lewis disse que o diretor a assediou em 1983, quando ela tinha 16 anos.
Polanski nega todas as acusações (exceto a de Geimer), e atualmente enfrenta um processo de difamação na França por caracterizar a denúncia de Lewis como "uma mentira horrorosa" durante uma entrevista.
Mesmo diante dessas acusações, o diretor seguiu trabalhando com o passar das décadas, realizando seus filmes na Europa. Polanski foi o vencedor do Oscar de melhor direção em 2003, por O Pianista.