A atriz Sandra Milo, que marcou o cinema italiano em parcerias com os diretores Roberto Rossellini e Federico Fellini, morreu hoje (29) aos 97 anos. A notícia foi confirmada pelos filhos de Sandra à mídia italiana [via Variety], citando que ela morreu pacificamente durante o sono, de causas naturais.
Nascida na Tunísia, mas naturalizada italiana, Milo fez sua estreia no cinema com O Solteirão (1955), ao lado do astro da comédia Alberto Sordi. Outros trabalhos cômicos e aventurescos se seguiram, incluindo uma versão de As Aventuras de Arsène Lupin, lançada em 1957.
Em 1959, Rossellini a escalou no épico de guerra De Crápula a Herói, que foi indicado ao Oscar de melhor roteiro original. A parceria se repetiu em 1961, embora com menos sucesso, quando ela interpretou uma aristocrata apaixonada em Vanina Vanini.
Dois anos depois, em 1963, ela interpretou a sensual Carla em 8½, uma das obras mais celebradas de Fellini. O papel da amante do protagonista Guido (Marcello Mastroianni) mais tarde renderia uma indicação ao Oscar para Penélope Cruz, que a interpretou no remake musical Nine (2009).
Fellini voltou a utilizar a atriz em Julieta dos Espíritos (1965), onde a escalou como a vizinha sedutora que desperta a imaginação da protagonista (Giulietta Masina), uma dona de casa entediada.
Outros créditos de destaque da filmografia de Milo incluem O Espelho Tem Duas Faces (1958), Caçada no Asfalto (1959), Como Fera Encurralada (1960), Ádua e suas Companheiras (1960) e - mais recentemente - os hits locais Estranhos Normais (2010) e Aqui em Casa Tudo Bem (2018).
Milo deixa três filhos, nascidos de seus casamentos com Moris Ergas e Ottavio de Lollis.
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