As tarifas anunciadas pelo presidente americano Donald Trump acabam de causar um grande baque em Hollywood. O governo da China oficializou a redução da importação dos filmes estadunidenses como retaliação à subida de impostos.
A Administração Chinesa de Cinema, órgão que cuida da distribuição e cotas no país, divulgou um pronunciamento nesta quinta-feira (10) informando que as decisões dos Estados Unidos "inevitavelmente vão reduzir inevitavelmente a preferência do público pro filmes americanos". O texto ainda chama as tarifas de abusivas e afirma: "Seguiremos as regras do mercado, respeitaremos a escolha do público e reduziremos moderadamente a importação de filmes americanos. A China é o segundo maior mercado cinematográfico do mundo. Sempre aderimos a um alto nível de abertura ao mundo exterior e apresentaremos mais filmes de excelência do mundo para atender à demanda do mercado" (via The Hollywood Reporter).
É importante também pontuar que o mercado chinês é importantíssimo para diversas produções hollywoodianas. Há, inclusive, filmes que arrecadaram mais no circuito chinês do que no americano, como Need for Speed, Deuses do Egito, Kung Fu Panda 3, Truque de Mestre 2, Os Mercenários 3, entre outros.
Atualmente, o mercado chines disputa com o americano entre os maiores do mundo no cinema. Este ano, por exemplo, estreia no ocidente Ne Zha 2, filme que fez sucesso estrondoso na China, arrecadando acima de US$ 2 bilhões e se tornando a maior animação da história em termos de bilheteria. Tudo começou quando Trump anunciou um pacote de tarifas para praticamente todos os países do mundo, fazendo com que alguns deles respondessem com seus próprios impostos. Sendo uma das economias que mais crescem no mundo atualmente, a China foi um dos países que recebeu maior porcentagem de tarifas, e não tardou para responder na mesma oeda.
Vale pontuar, entretanto, que uma possível restrição ou bloqueio a filmes americanos na China não seria exatamente uma novidade. Há anos, pouquíssimos filmes dos Estados Unidos são autorizados no circuito chinês. Outro ponto importante é que desde que assumiu o cargo, Xi Jinping tem como um dos projetos para o país reduzir a influência cultural do ocidente em seu país, o que inclui, claro, o cinema, uma das maiores ferramentas de exportação cultural dos Estados Unidos.
Até o momento, tudo não passa de especulação, já que o governo chinês não se manifestou oficialmente sobre o caso.
baseados chinas