Thelma & Louise é considerado um clássico hoje em dia, mas as reações dos críticos de cinema (especialmente os do sexo masculino) em 1991, ano de lançamento do longa, não foram todas positivas. Em evento de reunião em Los Angeles (EUA), repercutido pelo THR, a estrela Susan Sarandon e a roteirista Callie Khouri relembraram as palavras de ódio que muitos jornalistas reservaram ao filme dirigido por Ridley Scott.
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Khouri, que venceu um Oscar pelo roteiro de Thelma & Louise, citou um colunista em específico (John Leo, do U.S. News & World Report): "Eu nunca vou me esquecer do nome dele. Ele chamou o filme de neofascista. Eu pensei: Uau, você realmente deve ter ficado muito p*to para chamar esse filme de neofascista depois de toda a m*rda que as mulheres tiveram que aguentar em todos os outros filmes já feitos".
Sarandon, a intérprete de Louise no longa, se lembrou de sua reação ao ler o roteiro. "Para mim, era como Butch Cassidy, um filme de caubói, mas com mulheres e caminhões. Achei que seria muito divertido, porque Ridley é um ótimo diretor e o roteiro é bacana. Eu só subestimei o quanto estávamos entrando em um território que é dominado por homens heterossexuais brancos", disse.
"Eles se ofenderam muito, nos acusaram de glorificar o assassinato, o suicídio, todo tipo de coisa. Para mim, não parecia algo tão grave. Acho que era apenas incomum ver duas mulheres em um filme que podiam simplesmente ser amigas. Normalmente, quando temos duas mulheres em um filme, elas automaticamente se odeiam por algum motivo", apontou.