A Casa do Dragão finalmente começou! Sim, a segunda temporada exibiu o seu quarto episódio neste domingo (7) e nos encontramos na metade da jornada, mas apenas agora surgiu o sentimento de que a história do novo ano começou a andar após um início entendiante. Em seu melhor episódio até agora, o spin-off de Game of Thrones deu início à famigerada Dança dos Dragões e entregou uma batalha deslumbrante que trará grandes consequências para o decorrer da trama.
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[Atenção: spoilers de A Casa do Dragão abaixo]
Game of Thrones nunca foi uma série movida apenas a dragões e grandes batalhas. Ciente disso, o showrunner Ryan Condal segue à risca a fórmula estabelecida na série original e mescla os momentos de ação com sequências onde os diálogos são prioridade para desenvolver seus personagens. É desta forma que a trama política sempre avançou em paralelo com guerra.
São exatamente estes momentos mais "parados" que pavimentam o caminho para os grandes acontecimentos do quarto episódio. Enquanto Daemon (Matt Smith) continua em Harrenhal enfrentando delírios e buscando reunir aliados para o exército de Rhaenyra (Emma D'Arcy), Aegon (Tom Glynn-Carney) se entregou totalmente à teimosia de um rei inflado por seu ego - principalmente após ser humilhado por Aemond (Ewan Mitchell) em frente a todos os membros do Conselho Real.
Aegon, em uma versão bem menos psicopata de Joffrey Baratheon (Jack Gleeson), quer provar a qualquer custo o seu valor como rei. Nem mesmo os conselhos de Alicent (Olivia Cooke) para que ele faça o que se espera dele - ou seja, nada - são capazes de colocar juízo na cabeça do filho de Viserys (Paddy Considine). E é essa atitude intempestiva que quase coloca tudo a perder para o lado dos Verdes.
Criston Cole (Fabien Frankel) segue avançando com seu exército pelas terras do reino para subjulgar aqueles que declararam apoio a Rhaenyra. Sua intenção, no entanto, ela encurralar um dos dragões da princesa em uma batalha no Pouso das Gralhas. Quem morde a isca é Rhaenys (Eve Best), que vai com a dragão Meleys para acabar com a farra do Mão do Rei, mas apenas para dar de cara com Aegon e seu Sunfyre. Contudo, o plano de Cole era que Rhaenys fosse surpreendida por Aemond e Vhagar, que deixam o rei encarar a batalha sozinho por breve período.
A batalha marca o início da Dança dos Dragões e resgata o espírito dos melhores confrontos da franquia. As cenas em que Aegon e Rhaenys se digladiam no topo de seus dragões são visualmente deslumbrantes, e a tensão apenas aumenta quando Aemond e Vhagar decidem se juntar à luta. Definitivamente, ver a "dança" com as três criaturas entrelaçadas no céu foi o presente perfeito após um início lento até demais.
O confronto, claro, trouxe consequências catastróficas para ambos os lados. Rhaenys e Meleys sucumbiram perante os irmãos e deixaram as forças de Rhaenyra ainda mais fracas. Embora Aemond e Vhagar tenham saído ilesos, o caolho não poupou Aegon e deixou o rei e seu dragão muito machucados, para o desespero de Criston Cole.
Para quem não é familiarizado com os eventos de Fogo e Sangue, acompanhar a segunda temporada de A Casa do Dragão será muito mais emocionante a partir de agora. De que lado você está?