[Spoilers de A Casa do Dragão à frente]
Depois de um encerramento épico e cheio de ação na semana passada, A Casa do Dragão voltou suas atenções para as disputas políticas em seu quarto episódio. Isso não quer dizer, no entanto, que o derivado de Game of Thrones tenha tirado o pé do acelerador - muito pelo contrário. O capítulo deste domingo (11) trouxe de volta toda a tensão de bastidores que transformou sua produção-mãe em um grande fenômeno. Logo de cara, acompanhamos Rhaenyra (Milly Alcock) avaliando diversos candidatos a noivo selecionados pelo rei, mas nenhum lhe agrada. O primeiro que vemos é mais velho que seu pai, enquanto o segundo, apesar de vir de uma das famílias mais tradicionais de Westeros, é apenas uma criança. Enquanto discursa para a princesa, o garoto é interrompido e ofendido por um outro nobre presente e, enquanto a herdeira do trono se retira, cansada dos pretendentes decepcionantes que conheceu, o jovem lorde e o rapaz que o ofendia começam a brigar, com o menino saindo vitorioso após matar seu ofensor.
Retornando de barco a Porto Real, Rhaenyra e sua companhia quase são atingidos por um dragão. A princesa percebe que a criatura é montada por seu tio Daemon (Matt Smith), que retornou à capital coroado como rei de Passopedra. Na sala do trono, o príncipe entrega sua coroa e o domínio do pequeno arquipélago a Viserys (Paddy Considine), afirmando que o irmão é o único rei de Westeros.
Mais tarde, os Targaryen se reúnem nos jardins da Fortaleza Vermelha para celebrar o retorno de Daemon, mas o clima agradável entre eles é quebrado quando Viserys é rude com Rhaenyra por ela ter dispensado os candidatos previamente selecionados por ele. A princesa é consolada por Alicent (Emily Carey) - que já teve seu segundo filho - e as duas se reaproximam ao debater a forma como mulheres nobres são vistas como meras reprodutoras pelos homens do reino.
Após o banquete, Rhaenyra se encontra com Daemon e questiona seus motivos para retornar à capital. O príncipe, então, diz que a sobrinha amadureceu nos últimos três anos e, ao ouvir que ela está cansada de ser oferecida para os lordes por seus castelos, afirma que casamentos são apenas acordos políticos e que, após o matrimônio, ela poderia fazer o que quisesse. A princesa reforça que isso só é verdade para os homens e que sua mãe foi colocada para produzir herdeiros até que isso a matasse, o que faz o príncipe refletir.
Em uma reunião do conselho - do qual Rhaenyra agora faz parte integral -, é revelado que Corlys (Steve Toussaint), que ainda está brigado com a coroa, abriu negociações para casar a filha com um dos lordes das cidades livres, o que pode colocar o reino em risco. Lorde Strong (Gavin Spokes) sugere que o rei tente acordar um casamento entre Targaryens e Velaryons para reaproximar as famílias e fortalecer as forças de Westeros. Ciente de que a sugestão de Strong implica em seu casamento com Laenor Velaryon (Matthew Carver), a princesa fica apreensiva
Mais tarde, Rhaenyra encontra uma sacola com roupas plebeias masculinas em seu quarto, junto com um mapa para uma passagem secreta. Após vestir o disfarce, ela segue o mapa e, no fim do caminho encontra seu tio, que a leva para passear na noite da capital. A jovem se encanta com o mundo fora da Fortaleza Vermelha, mas se incomoda com uma peça de rua que questiona seu status como herdeira.
Daemon então leva a sobrinha para uma orgia, mas, de última hora, decide não transar com ela e foge, o que confunde a garota, que deixa o bordel, seguida por um garoto. Ao mesmo tempo, na Fortaleza Vermelha, Viserys e Alicent transam sem qualquer paixão, com a jovem inclusive parecendo indiferente à presença do marido sobre si.
Rhaenyra retorna ao castelo pela porta da frente e provoca Criston Cole (Fabien Frankel), que montava guarda em seu quarto. O cavaleiro inicialmente resiste às investidas da princesa, mas, quando fica claro que ele também a deseja, os dois vão para a cama. Perto dali, Otto Hightower (Rhys Ifans), a Mão do Rei, é convocado pelos guardas, que trazem o menino que seguia a jovem e seu tio pela cidade. O mesmo garoto é visto na manhã seguinte entregando dinheiro a Mysaria (Sonoya Mizuno), amante de Daemon que o acolheu após ele abandonar a sobrinha.
Otto revela a Viserys que Rhaenyra e Daemon foram vistos no bordel e o rei não recebe bem a notícia, inclusive duvidando das palavras de Hightower e acusando o jovem espião de traição. Alicent, que estava no quarto do marido, ouve a conversa e confronta a amiga-enteada sobre sua indiscrição, mas a princesa nega veementemente ter transado com o tio - embora esconda o fato de ter dormido com Criston.
Enquanto isso, Daemon retorna ao castelo, ainda de ressaca, e é levado à sala do trono por soldados da Guarda Real. Lá, Viserys questiona o irmão sobre sua relação com Rhaenyra. Sabendo que o monarca não dará ouvidos às suas palavras, ele permanece no chão e lembra que, quando eles eram jovens, também costumavam explorar Porto Real em busca de prazeres que não encontravam no castelo. O rei, então, expulsa (de novo) o príncipe de Porto Real e o obriga a voltar à sua esposa no Vale.
Mais tarde, Viserys discute com Rhaenyra, falando da responsabilidade da garota como princesa-herdeira, citando a profecia de Aegon, O Conquistador sobre a Longa Noite - visível na lâmina da adaga de aço valiriano da família Targaryen - e confirmando que ela deverá se casar com Laenor. Ela aceita o apelo do pai, mas não sem rebater as acusações de Otto, dizendo que a Mão do Rei vinha, há anos, tentando orquestrar a ascensão de sua família ao Trono de Ferro, inclusive manipulando o Targaryen a se casar com Alicent.
As palavras de Rhaenyra convencem Viserys das intenções de seu principal conselheiro e o rei decide destituir o lorde de seu posto oficial. Na sala do conselho, o rei revela não confiar mais em Otto e tira seu broche, enfurecendo-o.
De noite, Rhaenyra é visitada pelo Maester Mellos (David Horovitch), que lhe dá um chá abortivo para garantir que a jovem não engravidará do tio - ou de qualquer outro homem. A princesa encara a bebida e percebe que perdeu de vez a confiança de seu pai e, talvez, da corte como um todo.
