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Anunciado para 2009, The Last Guardian é um desses games que já viraram lenda. Há exatos seis anos, os fãs de Fumito Ueda (criador dos contemplativos Shadow of the Colossus e Ico) aguardam sua nova e misteriosa criação. Essa semana, finalmente, a Sony retomou a divulgação do título, que muitos julgavam cancelado. Tivemos a oportunidade na E3 2015 de acompanhar uma apresentação do designer japonês, que explicou um pouco mais sobre o game.

"É um jogo de ação e aventura", disse Ueda. "Nele descobriremos o mistério de um garoto sequestrado - enquanto ele se conecta com uma estranha criatura".

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Rodando ao vivo uma versão para PlayStation 4, o criador começou sua apresentação com o garoto buscando uma saída de uma estrutura em ruínas. Ao seu lado, o enorme e detalhado Trico, a fantástica quimera emplumada que se afeiçoa do menino. "Trico é uma mistura de vários animais domésticos, imediatamente reconhecíveis, com algumas qualidades de bichos mais selvagens. Ele é um animal e funciona como tal. Mas você pode influenciá-lo na pele do garoto. Para avançar é preciso acessar o ambiente e usar essa conexão que eles têm", explicou o designer.

A jogabilidade, portanto, consiste em quebra-cabeças ambientais, que precisam ser solucionados através da interação do menino e Trico. Ao alimentá-lo com alguns barris, por exemplo, o menino consegue despertar o apetite do simpático monstro, que fareja o ar e descobre um novo depósito de comida, lá no alto da sala em que estão presos. Ele então fica em pé nas patas traseiras para tentar alcançar a comida - permitindo que Trico escale suas costas e acesse essa área.

A movimentação e o comportamento de Trico foram o ponto alto da apresentação. O bicho age como um cachorro temperamental, desconfiando frequentemente do caminho escolhido pelo jogador, ou assustando-se com objetos absolutamente inofensivos. É necessário incentivá-lo o tempo todo com palavras de apoio - e conquistar sua confiança tratando de seus ferimentos, quando acontecem (as lanças arrancadas de sua pele, com um ganido baixo, chegam a dar dó). Tudo em uma bela ambientação que explora a profundidade de campo e alturas com entusiasmo. "Mesmo o que parece animação, não é", continua o criador, referindo-se a uma sequência em que o menino cai e Trico precisa salvá-lo com a longa cauda.

"A cooperação é a alma do jogo. The Last Guardian tem uma história profunda, que fala sobre comunicação e a força crescente que é a ligação entre esses dois seres", completa Ueda. 

Resta saber agora se o game sai mesmo em 2016, como a Sony promete, já que o próprio designer parece não garantir o lançamento de The Last Guardian para o ano que vem.