Em Fallout, a guerra nunca muda, e isso ajuda a explicar por que Fallout 4 é tão familiar, mesmo com tantas mudanças ambiciosas promovidas pela Bethesda. Jogamos cerca de cinco horas do RPG pós-apocalíptico que chega às lojas nesta terça-feira (10) e, enquanto nossa crítica não sai, você pode conferir, abaixo, as impressões iniciais do game:

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  • A maravilhosa sensação de descoberta: Como o material de divulgação já havia mostrado, a história de Fallout 4 começa no exato dia em que começa (e termina) a Terceira Guerra Mundial e vemos, em um raro momento na franquia, o mundo antes da detonação das bombas nucleares. Mesmo assim, o momento em que o seu personagem sai da Vault 111 é, mais uma vez, especial. O ponto de vista alto, que permite uma visão maior do mapa, o clarão que ofusca olhos nada acostumados com a luz do Sol e as leves notas de piano da trilha sonora são um convite à contemplação, à abertura de portas para um mundo pós-apocalíptico repleto de descobertas.
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  • Diferente, mas igual: Quem já conhece a Wasteland dos outros games vai ficar satisfeito ao saber que, nessa parte, Fallout, por trás das mudanças estéticas (interfaces mais dinâmicas, VATS com inimigos em câmera lenta), ainda é quase igual aos seus antecessores. Se este for o seu primeiro Fallout e você estiver perdido, uma dica: invista em força (que lhe dá condições de carregar mais peso), inteligência (mais pontos de experiência) e agilidade (que aumenta pontos de ação necessários para correr e usar o VATS) como principais atributos no início do jogo.
  • Um mundo para montar: Outra grande novidade prometida pela Bethesda é a possibilidade de personalizar quase tudo: armas, cidades e até mesmo a Power Armor. O mais impressionante é ver que todas essas opções são colocadas diante de nós logo nos primeiros momentos da aventura, em vez de ir gradualmente apresentando todas as opções ao jogador. O sistema de construção e modificação também é abundante em opções e, por estar atrelado ao seu nível, também deve oferecer atividades por dezenas de horas.

  • Por falar em Power Armor… Fiquei surpreso ao ver que a Bethesda implementou uma mudança fundamental na mais icônica do game. Ela é disponibilizada ao personagem em uma das primeiras missões, e possui uma bateria com tempo de duração - ou seja, acabou a energia, acabou Power Armor. Assim, a proteção deixou de ser um item que marca o rito de passagem para as etapas mais avançadas do RPG para se tornar um power-up temporário que precisa ser usado com sabedoria.
  • Inversão de papeis: Não vou entrar em muitos spoilers sobre a história de Fallout 4, mas é curioso verificar uma inversão de papeis em relação a Fallout 3. Enquanto no game anterior nós assumíamos o papel de um filho ou filha em busca do pai, o novo título da Bethesda gira a dinâmica e põe um pai (ou mãe) à procura de seu rebento.
  • Biothesda: Com um protagonista que fala pela primeira vez na história da franquia, os principais diálogos têm enquadramentos e as opções de resposta agora se resumem a expressões simples em vez de mostrar as frases completas, deixando o game da Bethesda mais próximo dos RPGs da BioWare do que nunca. Ainda assim, essa modernização dos diálogos é bem-vinda.
  • Há beleza após o apocalipse: Fallout 4 certamente não é o jogo mais bonito deste ano, com texturas e iluminação aquém de outros títulos já lançados até agora, mas isso não significa que o game seja tão feio quanto os trailers parecem mostrar. Textura e iluminação dão conta do recado - ainda mais em um mundo tão vasto - e a movimentação dos personagens, quando funcionam, são surpreendentemente naturais, ainda mais levando em consideração os games da Bethesda.
  • Apocalipse bugado: Como é de costume nos maciços RPGs de mundo aberto do estúdio, Fallout 4 tem, sim, alguns problemas. Em poucas horas de jogo, vi as entranhas do molde do robô Codsworth, presenciei alguns inimigos se teleportarem e as legendas travaram em alguns diálogos. Entretanto, não ocorreu nenhum problema que me obrigasse a reiniciar o game.
  • Integração com o celular: Se você tiver a oportunidade, baixe o aplicativo do Pip-Boy disponibilizado pela Bethesda. O app se conecta ao game e se transforma no computador de braço do seu personagem, fazendo as vezes de menu. É uma mão na roda para conferir coisas como colocar um marcador no mapa ou alterar a seleção rápida de armas sem precisar pausar o jogo.