Exoborne

Créditos da imagem: Divulgação/Tencent

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Exoborne te fará dar uma chance a shooters de extração | Preview

Game da Sharkmob, feito por antigos desenvolvedores de The Division, traz acessibilidade a gênero na crescente

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4 min de leitura
28.01.2025, às 12H00.
Atualizada em 29.01.2025, ÀS 10H44

Antes de testar Exoborne, eu diria que é totalmente compreensível não ter muita paciência pra shooters de extração. O gênero apela para jogadores que amam jogos de tiro, e aprofundam a experiência com uma infinidade de recursos, detalhes e complicações. O game da Sharkmob, entretanto, dá um respiro acessível para o formato que vem crescendo nos últimos anos, e tem potencial para converter uma legião de jogadores.

A convite da Tencent, o The Enemy viajou até Las Vegas para testar o shooter por algumas horas, e a experiência foi bem positiva. Diferente de Delta Force ou Escape From Tarkov, os grandes nomes quando se fala de extração, Exoborne facilita um pouco a vida do jogador ao simplificar o básico do gameplay.

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Para quem não está acostumado, shooters de extração misturam um pouco de sobrevivência com a trocação de tiros. Tudo começa nos menus principais, onde é necessário escolher todos os equipamentos que serão levados para a próxima missão: munição, armas, coletes e kits de cura são alguns dos itens essenciais antes de qualquer ação.

Depois de montar seu loadout, o jogador é deixado num mapa vasto e repleto de atividades. Itens raros, chefões — que dropam itens raros —, colecionáveis e missões são algumas das possibilidades a serem exploradas. Enquanto se escolhe o que fazer, é necessário manter o olho no relógio: há um tempo limitado para ficar no mapa, e é aí que entra a extração.

Chamar um helicóptero para ser extraído encerra aquela missão, e caso volte para sua base em segurança, o jogador colhe os frutos de sua exploração. Por outro lado, morrer no campo de batalha faz com que ele perca todos os itens que foram levados para ele, e o prejuízo financeiro é doloroso.

Exoborne
Divulgação/Tencent

O gerenciamento de risco e recompensa é uma constante no gênero, e Exoborne maquia essas dificuldades com sistemas simples. É fácil saber quais são as melhores armas e as munições adequadas; o próprio game te avisa se algo estiver faltando em seu loadout.

Talvez o maior acerto, entretanto, é a gameplay mais intensa. Enquanto Tarkov e Delta Force se apoiam numa grande cadência, com temática militar realista, Exoborne é ambientado num mundo pós-apocalíptico, onde o clima é um dos grandes inimigos a serem superados.

Isso traz algum futurismo para os apetrechos de seu personagem, com destaque absoluto para as Exosuits, armaduras que dão habilidades especiais para os guerreiros que sobreviveram nesse cenário distópico. Movimentação mais rápida, a presença constante de um gancho para pular de um lado para o outro, e a opção de combater seus adversários de outras formas que não sejam a trocação à distância deixam a gameplay muito mais variada.

A classe Viper, por exemplo, permite executar um golpe corpo-a-corpo extremamente poderoso. Combinado com o bom uso do gancho, por exemplo, esse ataque pode ser mais efetivo do que um rifle. Por outro lado, equipar uma escopeta pode te dar bastante vantagem contra essa estratégia, e em Exoborne, é melhor lidar sempre com possibilidades, e não certezas.

Exoborne
Divulgação/Tencent

A instabilidade climática é um fator imenso para a gameplay. Tornados, tempestades elétricas, névoa venenosa e furacões estão sempre à espreita, e o jogador precisa ter uma atenção constante ao ambiente que o cerca, e não se ater somente aos inimigos e suas missões.

Parece bastante coisa — e de fato é —, mas tudo é aliviado pelo gameplay centrado na cooperatividade. Permitindo squads de até três jogadores, Exoborne sabe que tem a resenha entre amigos como um de seus fortes, seja para garantir batalhas épicas entre squads, seja para rir porque seu companheiro teve o corpo levado por um tornado.

Entender as fragilidades e forças de cada classe de loadout é muito mais fácil ao lado de seus amigos, e isso só reforça a acessibilidade do game. O próprio Petter Mannerfelt, diretor criativo do título, admitiu em conversa com o The Enemy que não tem tanta paciência assim para shooters de extração mais tradicionais.

Exoborne
Divulgação/Tencent

Não é coincidência que Petter tenha dirigido The Division, game que já flertava com a extração acessível ao introduzir as Dark Zones. Seu novo jogo parece extrapolar as propostas que começaram na Ubisoft, e pode ser a porta de entrada para vários novos jogadores a um gênero que cresceu de forma notável, mas ainda discreta, nos anos recentes.

Exoborne chega em 2025 para PlayStation 5, Xbox Series X|S e PC.

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