Nas próximas semanas, PlayStation 4 e Xbox One chegam às lojas. O embate entre os dois console se prolonga desde a revelação, quando foram discutidas questões sobre jogos usados e a exigência da internet para jogar. Nos meses seguintes as polêmicas diminuíram, mas com o anúncio do preço do PS4 no Brasil a discussão voltou à tona.

xbox-one

None

playstation-4

None

Neste especial, o Omelete separa as características de cada um dos aparelhos. Além dos aspectos técnicos, a revolução prometida com serviços online e a linha de jogos inicial são citadas na comparação. Abaixo, confira uma prévia dos consoles que estarão presente na vida dos fãs de games nos próximos anos.

Poder de processamento

No lançamento, a configuração dos consoles é algo relevante para a pauta, afinal, não se sabe como será o desempenho de cada um. Os números técnicos são mais sobre o potencial dos aparelhos do que a real entrega - vão bons anos até que estes aspectos signifiquem algo para diferenciar Xbox One e PlayStation 4.

Há pouca diferença entre eles. Ambos rodam Blu-ray, têm 500GB de espaço para armazenamento e 8GB memória no sistema. No papel, o poder de processamento gráfico do PS4 é maior que o rival - são 1.84 contra 1.31TeraFLOPS/s. As placas gráficas também dão uma vantagem ao console da Sony, que carrega uma AMD Radeon Graphics Core Next. Esses dados, no entanto, não são a maior novidade desta disputa.

Na geração atual, o PS3 sofreu por ter uma arquitetura de desenvolvimento própria. Inúmeras empresas encontraram dificuldades para produzir e o resultado foi um começo lento de geração para a Sony. Agora, seguindo a regra estabelecida pela Microsoft, o PS4 é tão "simples" para se desenvolver quanto o Xbox One. Por mais que não seja um quesito decisivo, o poder de processamento dá uma luz no que cada um dos consoles pode oferecer às desenvolvedoras.

Controles

Mudanças sutis, mas claras aos olhos e mãos dos jogadores mais experientes. As alterações nos controles da nova geração mostram outra vez a influência da Microsoft nos últimos anos - uma das comprovações foi a Sony ter admitido que se inspirou no joystick do X360 para compôr o DualShock 4.

No fim das contas, a gigante japonesa manteve o seu design tradicional adicionando um touchpad e eliminando os clássicos "Start" e "Select". A maior novidade do DualShock 4 é o botão "Share", que promete compartilhar gameplays e conquistas com apenas um toque. O controle também ficou mais leve e ergonômico, mais confortável nas mãos do que seu antecessor.

Conhecida por fazer o melhor joystick atual, a Microsoft abusou das mudanças internas no controle do Xbox One. Segundo a empresa, foram mais de 40 melhorias, entre elas a resposta imediata nos gatilhos traseiros - a promessa é que cada ação, seja ela um tiro ou uma curva, tenha uma reação diferente na mão do jogador. De longe, o controle do Xbox One parece o mesmo, mas ao pegá-lo nota-se uma diferença sensível e oportuna - o que era bom, ficou ainda melhor.

Sensores de Movimento

Estabelecido pela Nintendo como acessório obrigatório, os sensores de movimento ganharam destaque na nova geração. Apesar da comprovada força destes periféricos, que trazem um público diferente ao mundo dos games, a Sony decidiu não incluí-los no pacote inicial do PS4. O Move e a PS Eye terão inúmeras funções melhoradas no console, mas terão que ser adquiridas de forma avulsa - esse é um dos motivos pelo menor preço do console, que custa US$ 100 a menos que o Xbox One.

Por outro lado, a Microsoft evoluiu o Kinect, um dos acessórios de maior sucesso da último geração. Para usar o sensor não é mais necessário ter uma sala gigante, é possível jogar com mais de quatro pessoas e o reconhecimento por voz foi aprimorado. Além disso, o hardware do aparelho está avançado a ponto de reconhecer expressões faciais e o movimento dos dedos. O Kinect 2.0 promete evoluir os conceitos do primeiro e incluir funções que possam ser usadas em jogos hardcore - uma das reclamações constantes dos jogadores.

Serviços Online

Jogos, controles, gráficos e preços são importantes, mas cada vez mais os serviços de cada console definem a situação mercadológica da indústria. A Microsoft define o Xbox One como o aparelho de entretenimento perfeito para a sala de estar. Mais do que um videogame, o console agrega inúmeras características antes atreladas à computadores ou media centers.

Além dos tradicionais serviços por demanda como Netflix e Hulu, a empresa anunciou uma série de acordos com emissoras de TV das redes fechada e aberta. A princípio, essas melhorias serão inclusas apenas na Xbox Live dos EUA, mas devem chegar aos poucos a outras regiões. Mesmo que não impacte os fãs de games no começo, tais inclusões aumentam o alcance do produto - por isso o PS4 também terá boa parte destes serviços.

Para os jogadores, as vantagens estão nos avanços da Xbox Live e PlayStation Network. A primeira aumentou o número de servidores, amigos na rede e serviços de compartilhamento para se manter como a melhor rede online do mercado. A Sony, por sua vez, começa a cobrar para jogar em rede, mas promete algo mais estável e seguro do que apresentou com o PS3. Ao lado disso, a empresa também promete uma rede de streaming que, no futuro, pode rodar jogos de seus antigos consoles.

Sony e Microsoft procuram também expandir o poder de processamento dos aparelhos por servidores na nuvem, algo que deve ficar mais evidente mais na frente da geração, mas que será vital para o ciclo dos produtos. O requisito online é mais do que uma simples característica multiplayer, pois nele está incluso o potencial de entretenimento completo de um console. Os serviços definiram a atual geração de consoles e continuarão nessa função com PS4 e XONE.

Jogos exclusivos

Para o consumidor final, esse talvez seja o quesito mais importante; aquele momento em que se coloca os títulos exclusivos lado a lado e se decide qual console será o escolhido. Apesar não conseguir definir a força deles no ano inicial de mercado, os primeiros jogos podem ajudar a mostrar o caminho que as empresas vão traçar daqui pra frente.

O frisson que a Sony causou na E3 2013 ao anunciar a permissão para jogos usados e jogar sem internet, eclipsou o seu mediano line-up inicial. Killzone: Shadow Fall, Knack, Resogun e Constrast são os únicos inéditos a chamar atenção neste primeiro momento - outros títulos como FIFA 14, Injustice, Call of Duty: Ghosts e Assassin's Creed IV: Black Flag são conhecidos por donos de PS3.

Até aqui, a promessa que realmente vinga no PS4 é a dos games independentes, que devem ter uma força maior no console. A Sony abraçou esses desenvolvedores e indica um forte apoio aos jogadores que gostam desse tipo de título. A ausência de franquias como God of War e Uncharted, por exemplo, enfraquece a expectativa inicial, apesar de inFamous ter um novo título. Por outro lado a presença de novas IPs como The Order: 1886 e Deep Down, clareiam o horizonte do console.

Diferente da Sony, a Microsoft não soube usar suas vantagens na revelação do console. De início, a variedade de jogos faz o Xbox One largar na frente, independente da qualidade destes. Killer Instinct, Ryse: Son of Rome, Dead Rising 3, Fighter Within e Forza Motorsport 5 estão confirmados. Em um futuro próximo, o console mantém a dianteira com jogos como Halo 5, Quantum Break, Titanfall, Below, Fable Legends e Sunset Overdrive.

Não há decisão fácil, a disputa é acirrada e cada vez mais empatada. Mas qual será a sua escolha? Quais jogos mais espera? Deixa seu comentário abaixo!