Não é grande surpresa, mas o veículo japonês Shukan Gendai está denunciando um esquema de lavagem de dinheiro que usa cartas de Pokémon TCG como principal artifício. Vários cards colecionáveis atingem valores que superam as centenas de milhares de dólares, tornando-as bem viáveis para esse tipo de atividade.
O processo é comprar uma carta usando dinheiro vivo no Japão, e depois revendê-la online para compradores de outros países. Assim, a impressão é de que as cartas foram adquiridas por pacotinhos simples, e de que não há nada demais nessas operações.
Para quem acompanha o mercado do Pokémon TCG, a informação não é nada surpreendente. Os valores desses itens estão cada vez mais altos, e era apenas questão de tempo para que um esquema similar viesse à tona.
Buscando em plataformas online, é fácil achar cartas antigas que estão sendo leiloadas com lances acima dos R$ 20 mil. Ainda em 2023, uma carta raríssima, que teve apenas 100 unidades produzidas, foi vendida por US$ 300 mil (R$ 1,8 milhão).
A popularidade das cartas também parece ter crescido nos últimos anos — o que certamente ajuda na disparada dos preços.
Um grande exemplo é Logan Paul, influenciador com milhões de seguidores em múltiplas redes, que já entrou no ringue para enfrentar Floyd Mayweather, um dos maiores pugilistas dos últimos 20 anos, ostentando um Charizard de R$ 1,3 milhão no peito. Post Malone, Katy Perry e J Balvin já tiveram cartas com seus rostos, e por aí vai.