O Halloween é a hora perfeita para juntar os amigos e maratonar todo tipo de filme de terror, mas não é todo mundo que gosta de ser assustado ou então ver violência nas telas. Isso, é claro, não quer dizer que é preciso ficar de fora. Para comemorar a data, listamos 10 filmes com gostinho de Dias das Bruxas, mas que não vão tirar o sono de ninguém. Confira!
Deu a Louca nos Monstros
Entre as décadas de 1920 à 1950, os monstros clássicos da Universal Pictures eram o ápice do terror. Os anos seguinte, por outro lado, passaram a usar tanto suas figuras icônicas que hoje já não causam mais pavor. Um exemplo disso veio em 1987 quando o roteirista Fred Dekker, de A Casa do Espanto, fez sua estreia na direção com um filme de monstro para o público infanto-juvenil. Assim nasceu o Monster Squad (ou Deu a Louca nos Monstros, em seu glorioso título no Brasil), que traz um grupo de crianças - afinal, é um filme dos anos 80 - enfrentando um ataque das criaturas, e também o cinismo dos adultos. Ainda que não seja tão falado quanto Os Goonies ou Conta Comigo, o longa tem o mesmo espírito aventuresco. Além disso, tem bastante nomes de peso envolvidos: não só foi o segundo filme escrito por Shane Black, de Máquina Mortífera, como também conta com efeitos práticos pelo mestre Stan Winston, da franquia Exterminador do Futuro, Aliens, o Resgate e mais.
Abracadabra
Antes de comandar a trilogia High School Musical, o diretor Kenny Ortega encontrou seu sucesso com um clássico de Halloween: Abracadabra. A trama acompanha uma família que se muda para Salem, nos Estados Unidos. Acidentalmente eles ressuscitam um trio de bruxas que foram executadas no século 17, e voltam para tocar o terror na cidade que as condenou. A premissa soa um pouco macabra, afinal o roteiro é fruto de Mick Garris, criador de Mestres do Terror, com David Kirschner, produtor da franquia Brinquedo Assassino. Mesmo assim, o tom é leve, o elenco é excelente - Bette Middler, Sarah Jessica Parker, Kathy Najimy e até Doug Jones, dos filmes de Guillermo del Toro - e tem ainda um ótimo número musical de “I Put a Spell on You”.
Halloweentown
Ao fim dos anos 1990 e começo do século seguinte, a Disney mostrava muito de sua criatividade nas telinhas, com telefilmes para serem exibidos no Disney Channel. Seu acerto de Dias das Bruxas vem na forma de Halloweentown: Um Lugar Mágico, que acompanha a jornada de uma bruxa para salvar uma cidade infestada de seres sobrenaturais. Eventualmente Halloweentown se tornou franquia, com três continuações, mas só o primeiro filme tem a combinação especial da presença de Debbie Reynolds (que retornou para todos os outros), de Cantando na Chuva, com o diretor Duwayne Dunham, de Twin Peaks.
Scooby-Doo
James Gunn tem um carreira bem bizarra. Antes de assumir Guardiões da Galáxia, o cineasta se aventurou por filmes de terror como Seres Rastejantes e o remake de Madrugada dos Mortos, mas também escreveu o jogo Lollipop Chainsaw e comandou uma série estrelada por Sasha Grey. Uma dessas suas jornadas aleatórias foi roteirizar os filmes live-action de Scooby Doo, que combinam o charme do desenho com influências do cinema de horror. O resultado é algo que soa mais assustador do que deveria, mas ainda leve o bastante para até os amedrontados aproveitarem.
Família Addams
Falando em adaptações, Família Addams é um caso curioso do derivado ser tão prestigiado quanto o original. O filme traz para as telonas uma nova versão dos personagens da série de 1964, e acompanha o cotidiano de uma família peculiar, de gostos sombrios mas muito amigável, tentando viver entre famílias americanas mais típicas. A versão cinematográfica é tão boa e marcante que passou a definir toda a imagem da franquia.
Beetlejuice
Tim Burton é o mestre do Halloween para a família. Enquanto qualquer um de seus filmes pode facilmente integrar sua lista, o destaque vai para sua obra live-action mais estilosa: Beetlejuice. O longa, estrelado por Winona Ryder e Michael Keaton, acompanha uma disputa entre espíritos e os moradores de uma casa, com o fantasmagórico Beetlejuice fazendo de tudo para irritar e assustar os vivos. Keaton entrega uma performance surtada, em uma experiência com toques horripilantes mas muito, muito divertida.
Coraline
Mesmo sendo o mais reconhecido, Tim Burton não é o único que faz animações de terror. A Laika, estúdio líder em stop-motion, flertou com o terror para adaptar Coraline, obra de Neil Gaiman. Com seus personagens com olhos de botão, é visualmente perturbador mas com um coração gigante ao acompanhar a aventureira protagonista explorando uma versão paralela de sua própria realidade. Isso foi em 2009 e, alguns anos depois, o estúdio deixou claro ser fã de horror [continua abaixo].
ParaNorman
Já em 2012, a Laika fez outra animação stop-motion inspirada pelo horror - dessa vez, protagonizada por um garoto fã de filmes do tipo. ParaNorman acompanha Norman, menino sozinho que tem uma habilidade muito especial: falar com os mortos. Essa habilidade se torna maldição quando se vê o único capaz de salvar sua cidade da destruição. Além de ser muito divertido, o filme entrega muitas referências ao cinema de terror.
O Mistério do Relógio na Parede
Eli Roth é, no mínimo, um homem perturbado, tendo dirigido torture porn como O Albergue e Canibais. Sabendo disso, como seria um filme infanto-juvenil de Eli Roth? A resposta é O Mistério do Relógio na Parede, adaptação da obra clássica de John Bellairs. A trama acompanha um órfão que é abrigado por seu tio em um casarão antigo - até descobrir que ele é um bruxo cheio de segredos. Não só o longa é escrito por Eric Kripke (Supernatural. The Boys) e é o título mais recente da Amblin, lendária produtora de Steven Spielberg, como também tem um excelente elenco, com Jack Black, Cate Blanchett, Kyle MacLachlan e Renée Elise Goldsberry.
O Estranho Mundo de Jack
A pedida obrigatória de toda lista de Halloween. O Estranho Mundo de Jack, escrito por Tim Burton, é um filme que serve tanto o Dia das Bruxas quanto o Natal com sua excêntrica mistura entre os dois. O longa acompanha Jack Skellington, rei da cidade de Halloween que se vê comovido pelo espírito natalino e tenta levar o sentimento à seu povo - da forma distorcida que conhece tão bem.