Envolvente, Beleza Fatal é a prova de que as novelas têm espaço no streaming

Créditos da imagem: Max/Divulgação

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Envolvente, Beleza Fatal é a prova de que as novelas têm espaço no streaming

Sucesso da Max exibiu seu último capítulo nesta sexta-feira (21)

Omelete
3 min de leitura
22.03.2025, às 18H35.

Após 40 capítulos, Beleza Fatal chegou ao fim nesta sexta-feira (21) e se provou como um grande acerto da Max em sua primeira aventura com novelas. A obra Raphael Montes conquistou o público e mostrou que o formato, consolidado há décadas na TV aberta, também tem espaço para brilhar no streaming.

Beleza Fatal não foi a primeira novela original a chegar às plataformas digitais - Verdades Secretas 2 e Todas as Flores foram grandes hits para o Globoplay, mas ambas são produções da Globo, principal referência para o mercado e para o público neste tipo de formato. Até mesmo a Netflix fez sua aposta com o "melodrama" Pedaço de Mim, mas com apenas 12 capítulos, há quem diga que pareceu mais uma minissérie longa do que uma novela tradicional.

Com a entrada da Max nesta guerra, ficou a dúvida se alguém conseguiria bater de frente com a gigante do formato. A aposta era alta: nomes como Camila Pitanga, Camilla Queiroz e Giovanna Antonelli foram escaladas para viver o trio protagonista, além de vários outros nomes muito conhecidos pelo público do horário nobre da Globo. O resultado surtiu efeito e, com uma história envolvendo e marcada por reviravoltas, Beleza Fatal dominou a audiência do serviço de streaming da HBO no Brasil.

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A aposta surtiu efeito já nos primeiros episódios. Mesmo com uma narrativa já conhecida pelo público, Montes conseguiu desenvolvê-la de forma fluída, com vários (mas varios mesmo) plot twists, somados a um formato um pouco mais dinâmico em comparações com novelas tradicionais e mais longas, com ganchos mais fortes para os capítulos seguintes. Assim como fez Avenida Brasil na década passada, Beleza Fatal deu vida nova às histórias de vingança.

Um exemplo disso é a popularidade da vilã Lola, personagem interpretada com excelência por Camila Pitanga. Fazia tempo que não torcíamos tanto para uma antagonista encontrar um fim triste - mas não tão triste. Personagens icônicos, afinal, vivem eternamente.

Beleza Fatal também soube navegar entre temas fortes, como preconceito, homofobia e transfobia, saúde mental (uma das personagens possui Transtorno Dismorfico Corporal) sem apelação ou desserviço, fora a crítica clara a questões de beleza, estética e tudo o que é considerado padrão para a sociedade.

Mas como falamos de Lola, talvez o grande trunfo da novela da Max seja seus personagens marcantes. O ótimo trabalho do elenco elevou a experiência do espectador, e isso fica nítido ao pesquisar a reação do público nas redes sociais após cada reviravolta exibida nos capítulos semanais. A internet os aceitou muito bem e alguns, como Lola, tornaram-se memes ambulantes. Outro destaque vai para Camilla Queiroz, que tem em Sofia talvez o seu melhor trabalho em novelas.

O último elemento que faltava para cravar Beleza Fatal como um grande sucesso foi a expectativa por seus capítulos finais - e ele veio como um furacão, surfando no mistério sobre a morte de Benjamin (Caio Blat), afinal, um "quem matou" bem feito é de difícil de se negar. Mérito da Max, de Raphael Montes e de todo o elenco, que mostraram que as novelas podem, sim, ter vida longa fora da TV aberta.

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