Não é novidade para ninguém que Jared Leto é adepto do chamado Método — ou, como ele mesmo chama, “trabalho imersivo” —, e Morbius não foi uma exceção na sua filmografia. Mas, calma, isso não significa que ele literalmente provou sangue para saber como o Vampiro Vivo se sentia, nem que deu presentes inusitados nos bastidores, como parece ter sido o caso de Esquadrão Suicida. Na realidade, quando visitamos o set em maio de 2019, o diretor Daniel Espinosa se mostrou impressionado com a abordagem do ator do papel, e bastante grato pelos benefícios que ela trouxe para o longa.
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“Você vê o quanto ele trabalha para se transformar fisicamente no personagem, é algo que nunca vi antes. Foi um prazer porque ele realmente se tornou o personagem”. Há, é claro, um ou outro percalço. “Às vezes ele usa muletas, aí demora um pouco mais para ele chegar ao set, sabe? Mas, fora isso, o Método foi ótimo!”, disse o cineasta na época, sem conter o riso. Mas seu apreço pela dedicação de Leto foi tanto que Espinosa chegou a dizer, anos mais tarde, que ele estava predestinado a interpretar Morbius.
Quando sentamos com o ator para discutir o lançamento, ele não deu indícios se concorda ou não com a afirmação do diretor, mas admitiu que não foi difícil se colocar no lugar do renomado médico que vira vampiro. “Meu interesse em me transformar, estar em trabalhos imersivos e explorar o lado sombrio das personagens ajudou muito aqui. Olhando em retrospecto, eu diria que foi a oportunidade perfeita para mim”.
O choque maior ficou mesmo com sua parceira de cena, a atriz Adria Arjona, que interpreta Martine Bancroft no longa. “Foi desafiador, porque fez com que eu me adaptasse a essa nova forma de trabalhar. Mas foi realmente especial, porque nunca conheci o Jared, só o Michael Morbius”, contou ao Omelete no set da produção, em 2019. “Assisti-lo se preparar e sua dedicação ao personagem fez com que eu me questionasse sobre como eu me preparo. Fez com que eu me sentisse meio m*rda”, brincou.
Três anos depois, Arjona diz que, sim, já conheceu Leto. “Pouco depois das filmagens a gente foi tomar um café para conversar, tipo ‘a gente fez um filme junto, não é demais?’. E eu o adorei. Ele é muito bacana e, claro, muito diferente do Dr. Morbius”. E, por mais estranho que possa soar para o público trabalhar com alguém nesses moldes, ela garante que não é tanto.
“Nós dois somos profissionais e nos encantamos tanto por esses personagens que isso fez tudo fluir. A base da relação entre a Martine e o Morbius é o respeito. Por isso, nós, enquanto atores, trabalhamos em prol um do outro, o que nos ajudou a estreitar os laços. Além disso, o fato dele mergulhar no personagem meio que definiu o tom de tudo, meio que te convidava para esse universo. É parte do processo dele e a gente tem de mergulhar junto. Eu mergulhei e fico feliz de ter feito isso”.
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Se você estiver curioso para ver se os métodos de Leto são de fato efetivos, Morbius já está em cartaz nos cinemas.
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