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Diretor comenta o fracasso de John Carter - Entre Dois Mundos

Andrew Stanton se diz orgulhoso e espera que filme encontre seu público

11.09.2012, às 00H00.
Atualizada em 29.06.2018, ÀS 02H40

O diretor Andrew Stanton falou ao Los Angeles Times sobre o fracasso de John Carter - Entre Dois Mundos.

John Carter

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Ao jornal, Stanton sugeriu que sua falta de experiência, somada a uma liberdade criativa sem limites, podem ter contribuído para os problemas do filme: "Quem me daria as chaves de uma Ferrari que eu nunca dirigi antes?". Ao contrário do corroteirista Michael Chabon, contudo, o diretor não culpa o marketing da Disney, afirmando que, apesar da atmosfera de fracasso que cercava o filme antes mesmo do seu lançamento, todos fizeram o melhor que podiam: "Nós nem sempre concordamos em que direção pegar ao longo do caminho, mas nunca existiu uma disputa. A verdade é que todos tentaram o seu melhor para desvendar como vender o que tínhamos, mas a resposta se mostrou evasiva".

Stanton também negou que seu trabalho em Procurando Nemo 2 seja uma reação ao fracasso de John Carter. Tudo seria uma questão de timing: Como a sequência de John Carter foi descartada, o diretor passou para o próximo projeto na sua lista. Em fevereiro, antes da desastrosa estreia, o produtor Jim Morris declarou que Stanton e Chabon, já estariam planejando e escrevendo a continuação do filme, John Carter: The Gods of Mars, baseado no segundo livro da saga.

Com um orçamento de US$ 250 milhões, John Carter fez apenas US$ 73, 078 milhões nos EUA e US$ 209,7 milhões ao redor do mundo. O fracasso chegou a causar o afastamento de Rich Ross, então chefe de estúdio da Disney. Ainda assim, Stanton se diz orgulhoso do seu filme e espera que John Carter se junte a O Mágico de Oz e Blade Runner na lista de filmes que levaram anos para achar o seu público. "O tédio que você tem depois de um grande sucesso, quando tudo acaba, é exatamente o mesmo tédio que você tem quando é uma bomba. Você ama o processo. Você passou todos os momentos pensando no seu nascimento, preocupado com ele, criando ele. É uma síndrome do ninho vazio. Quando o seu filho vai para a faculdade, ou para a cadeia, é como um ninho vazio", declarou.

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