Gerry Conway, cocriador do Justiceiro nas HQs com John Romita e Ross Andru há mais de 40 anos, não é a favor de policiais e militares utilizando a icônica caveira do personagem.
Falando com o SyFy Wire, ele explicou seu posicionamento: "Para mim, é perturbador quando vejo figuras de autoridade se apropriando das imagens do Justiceiro, porque o personagem representa o fracasso do sistema de justiça. Ele é feito para indicar o colapso moral da autoridade social e que a realidade de algumas pessoas não pode depender da atuação de instituições como a polícia e os militares de forma justa e capaz."
"O anti-herói vigiliante é, fundamentalmente, uma crítica ao sistema judicial, um exemplo de fracasso da sociedade. Então quando policiais colocam as caveiras do Justiceiro em seus carros, ou militares usam patches com isso, eles estão basicamente se aliando com um inimigo do sistema e aceitando a mentalidade de um fora-da-lei. Não importa se você acredita que o Justiceiro tem motivos ou não, ou se você admira seu código ético, ele é um fora-da-lei e um criminoso. A polícia não deveria usar o simbolo de um criminoso."
Atualmente, o Justiceiro pode ser visto na série da Netflix. Leia a sinopse da segunda temporada: "Frank Castle (Jon Bernthal) pode fugir, mas não pode se esconder de quem está destinado a ser. A segunda temporada encontra Frank em um território muito familiar. Billy Russo (Ben Barnes), seu ex-companheiro de armas, lentamente começa a se recuperar da lesão cerebral traumática que Frank o causou e é apenas uma questão de tempo até que comece a juntar as peças do quebra-cabeça."
A segunda temporada estreia em 18 de janeiro.