Kino durante evento pré-show em São Paulo (Omelete/Caio Coletti)

Créditos da imagem: Kino durante evento pré-show em São Paulo (Omelete/Caio Coletti)

Música

Entrevista

Kino fala de Brasil, WOODZ e carreira solo: “Só posso confiar em mim mesmo”

Cantor do Pentagon falou com o Omelete antes do show em São Paulo no domingo (9)

Omelete
4 min de leitura
11.02.2025, às 06H10.
Atualizada em 18.02.2025, ÀS 17H25

Para Kino, a decisão de construir a sua carreira solo sob nova direção - deixando a Cube Entertainment, que administrou o seu tempo como integrante do Pentagon, e fundando a própria empresa, batizada de Naked - foi muito simples: “Percebi que a pessoa em quem eu mais podia confiar era eu mesmo.

O cantor, compositor, produtor, dançarino e (agora) empresário sul-coreano conversou com o Omelete pouco antes de seu show em São Paulo (SP), que ocorreu no último domingo (9), no Carioca Club. Foi a primeira visita dele ao Brasil desde 2019, quando o Pentagon fez um show memorável por aqui, anos antes da explosão dos eventos de k-pop no país - uma predileção pelos fãs brasileiros que ele repete agora na carreira solo.

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Na entrevista a seguir, Kino fala de sua relação com o Brasil, da trajetória de uma década no k-pop, e também da amizade com WOODZ, outro astro coreano queridinho dos brasileiros. Confira na íntegra.

OMELETE: Eu adoro o título do seu álbum solo, If This is Love I Want a Refund [em tradução livre, Se Isso é o Amor, Quero Meu Dinheiro de Volta]. Você pode nos contar de onde veio essa frase, e por que você decidiu colocá-la no título do disco?

KINO: Esse EP fala sobre relacionamentos, então esse título surgiu como uma forma de estabelecer uma ligação com as pessoas que estão saindo de um relacionamento, por exemplo - mas de uma forma leve, bem humorada. 

OMELETE: I Think I Think Too Much é a sua primeira turnê solo, e já te levou para todos os cantos do mundo. Vindo de um grupo como o Pentagon, tem sido uma adaptação difícil viajar sozinho? Você tem composto bastante na estrada?

KINO: Como é a primeira vez que estou viajando sem meus companheiros de grupo, tem pontos que são bem novos para mim, e um pouco difíceis - mas acho que estou me dando bem por enquanto! Normalmente, eu trabalho muito nas turnês, escrevo bastante e faço novas músicas… mas percebi que, desta vez, por estar sozinho, isso não está acontecendo tanto. Nos momentos que tenho livre, prefiro descansar. Então talvez demore um pouquinho ainda para começar a pensar no próximo álbum.

OMELETE: No Pentagon, você era considerado o principal dançarino do grupo. Eu me pergunto: na carreira solo, ainda acha que seu foco é a dança? Ou dançar é só mais uma das muitas coisas que você precisa fazer?

KINO: Quando você faz parte de um grupo, é natural que cada integrante se destaque e se responsabilize por uma parte da performance, certo? E, de fato, no Pentagon, o meu foco era a dança e a coreografia - mas, uma vez que me tornei um artista solo, ficou claro para mim que precisava tomar conta de todos os aspectos, que não havia mais uma divisão.

OMELETE:Você recentemente estabeleceu a própria agência e gravadora, a Naked. De onde veio essa ideia? Você estava procurando por mais liberdade, autonomia?

KINO: Na verdade, não foi uma questão de querer mais liberdade criativa, ou algo do tipo. Eu simplesmente percebi que a pessoa em que eu mais podia confiar, e a pessoa que eu tinha certeza que entenderia minhas necessidades como artista solo… seria eu mesmo. 

OMELETE: Sei que seu aniversário foi recentemente [o cantor completou 27 anos no último dia 27 de janeiro], então queria desejar um feliz aniversário em nome de todos os seus fãs no Brasil! 

KINO: Obrigado! Muito obrigado!

OMELETE: Você também está se aproximando de uma década na indústria do k-pop, então me pergunto: conforme o tempo passa, a sua visão deste ramo tem mudado bastante? Em que sentido? 

KINO: Com certeza! Minha visão desta indústria mudou muito com o tempo, especialmente agora que estou me tornando um artista solo e administrando minha própria carreira. Acho que, no passado, eu tinha um ponto de vista mais limitado das coisas, era uma questão muito simples de fazer um trabalho que era dado para mim. Agora, consigo ver o processo todo, e entender muitas coisas que não entendia antes - por exemplo: por que uma empresa escolhe agenciar determinado artista, mas outro não? Como escolher as músicas que se encaixam melhor para cada artista? São processos que fazem muito mais sentido para mim agora do que faziam antes.

OMELETE:Você é um grande amigo do WOODZ, astro do k-pop que tem uma conexão muito profunda com o Brasil, tendo morado aqui por muitos anos. Quando soube que viria para cá, conversou com ele sobre isso? Ele te deu dicas sobre o Brasil?

KINO: A gente chegou a conversar sobre a minha turnê, e o fato de que eu viria para o Brasil, mas foi uma conversa muito rápida, infelizmente. Eu vou te dizer: a nossa amizade é meio baseada em enviar vídeos engraçados um para o outro. É só isso que fazemos! [risos]

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