Desde a primeira temporada, Nairóbi (Alba Flores) foi um destaque claro em La Casa de Papel. Com seu jeito carismático e espontâneo, ela ganhou a confiança dos seus colegas de assalto, proporcionando momentos divertidos mesmo quando a situação estava extremamente tensa. Não bastasse isso, ela sempre se mostrou uma líder nata, que sabe perfeitamente quando é a hora da bronca e quando os colegas só precisam de um pouco de estímulo para seguir em frente. E mais: um ombro amigo, seja para os ladrões, seja para os reféns.
Os eventos da Parte 4 definitivamente não mudaram em nada essa perspectiva. Pelo contrário, enfatizaram como a personagem é incrível! Relembre a seguir 7 motivos por que a Nairóbi sempre foi a melhor da equipe:
Empatia pelos reféns
Por mais que esteja causando terror na Casa da Moeda, mantendo pessoas reféns e roubando dinheiro do Estado, Nairóbi nunca perde sua empatia pelas pessoas. Logo no início da Parte 1, quando conhece Estocolmo (Esther Acebo) - na época, apenas Mónica Gaztambide, a secretária do diretor -, ela dá a sua primeira demonstração de humanidade.
Mónica pedira para o grupo de assaltantes uma pílula abortiva, já que a notícia da sua gravidez não foi muito bem recebida pelo pai, Arturo Román (Enrique Arce). Nairóbi, então, se aproxima da refém e se solidariza pela situação da moça. “Não é fácil dar adeus a um bebê”, diz a ladra que sabe muito bem a dor de perder um filho. Porém, ainda que Mónica queira no primeiro momento abortar, Nairóbi nunca a julga. Apenas oferece sua compreensão e um momento de conversa franca, ignorando o roubo que estava em curso.
Líder nata
É ao som da "Sinfonia n.º 9", de Beethoven, que Nairóbi mostra pela primeira vez que poderia muito bem ocupar o cargo de Berlim (Pedro Alonso) no roubo à Casa da Moeda. Levando os reféns para produzir milhões e milhões de euros, ela dá instruções claras e mostra que não está ali para brincadeira. Mas, claro, de um jeito charmoso característico da Nairóbi. "Quero as máquinas funcionando 24 horas. Como se fosse uma rave tecno. Sabem, não é?”.
Assim que suas expectativas são atingidas, ela de modo algum esconde seu contentamento. Pelo contrário, ela reconhece publicamente os esforços dos reféns, principalmente do Sr. Torres, que acaba eleito o Refém do Mês e recebe palmas de todos.
Ao longo da série, há muitas outras demonstrações desse seu traço de personalidade, mas nenhuma delas é tão forte quanto a frase “que comece o matriarcado”. Fala a verdade, chega a arrepiar.
Sem medo de se posicionar
Embora respeitasse os comandos de Berlim, Nairóbi nem sempre concordou com ele e nunca teve problema de manifestar sua discordância. Quando Moscou (Paco Tous) teve um ataque de pânico, a ladra não apenas apoiou a decisão de Denver (Jaime Lorente) de levá-lo para tomar um ar, como também deu uma dura no Berlim quando o líder os acusou de serem pouco profissionais.
"Isso não te parece profissional?", disse, segurando uma nota. "Lindo, não. Uma nota melhor do que as que os bancos dão. Não se pode nem rastrear. Uma obra de arte. E sabe por quê? Porque foi feita com amor. Eu sou uma profissional. O que não sei é o que fazer quando seu pai tem um ataque de pânico. Ser ladrão antes que filho? Antes que ser humano?". Berlim, obviamente, ficou sem palavras.
Sem medo de fazer a coisa certa
Contrariando as ordens de Berlim, Denver manteve Mónica viva e escondida no cofre. Para fingir que tinha matado a refém, o jovem deu um tiro na perna dela, uma atitude que se complicou conforme os episódios foram passando. Com a ajuda do pai, ele tentou tirar a bala de Mónica, mas sem muito sucesso. Nairóbi, diante da cena que certamente acentuaria as divergências da equipe, não repreendeu o colega por ter poupado a vida da secretária. Na realidade, assumiu o bisturi e a responsabilidade de salvar a vida dela. Como bem ressalta a narradora Tóquio (Úrsula Corberó), "Nairóbi usou todo seu esforço e meticulosidade a serviço do bem comum". Por mais arriscado que fosse, a personagem de Alba Flores sabia a importância de fazer a coisa certa.
Corre riscos pelos amigos
A lealdade de Nairóbi é incomparável e, por isso, ela não tem medo de se arriscar pelos seus amigos. Diante do sofrimento de Helsinki com o ataque dos reféns a Oslo (Roberto Garcia), a ladra mais uma vez de opôs a Berlim e exigiu com armas em pulso que eles pedissem por atendimento médico à instrutora Murillo (Itziar Ituño) - agora, também conhecida como Lisboa. Helsinki eventualmente a convenceu a desistir, mas como Nairóbi bem demonstrou em outras ocasiões, como quando defendeu a vida de Denver, ela sempre está disposta a se colocar na linha de frente para que as pessoas que gosta fiquem bem.
Ótima conselheira
Nairóbi também sempre sabe a coisa certa a se dizer. Quando seus colegas estavam prestes a começar uma missão arriscada no Banco da Espanha, a personagem disse sábias palavras para dar mais coragem e motivação a todos. Aliás, não apenas disse, como fez com que eles gritassem em alto e bom som que eram os melhores e, portanto, nada de mal aconteceria. Quando, mais tarde, eles ficaram paralisados de medo diante de uma ameaça interna, ela deu a bronca na medida certa, assumindo que também temia pela sua vida em mais um exercício de empatia bem-humorado.
Porém, talvez o conselho mais memorável da personagem tenha sido a Alison Parker (María Pedraza). Depois de vê-la sofrendo bullying dos colegas de classe, Nairóbi ajudou a menina a recuperar sua autoestima em um momento verdadeiramente poderoso no banheiro, em que a jovem se encarou no espelho e percebeu que não tinha razão para temer sua turma.
Sem medo de amar
Nairóbi é uma mulher que não tem medo dos seus sentimentos. Inclusive, geralmente é ela quem ajuda seus colegas a entenderem o que estão passando. Por exemplo, quando Helsinki estava fingindo que não ficara chateado com Palermo por ter sido expulso do quarto, a ladra disse com todas as letras ao amigo que ele precisava se amar mais. “Quando ele disser ‘boom boom’, você diz ‘ciao’”, aconselhou-o.
Mas talvez a lição mais valiosa que ela tenha dado sobre o amor tenha sido sua declaração a Helsi, já dentro do Banco da Espanha. Escancarando a frustração de Palermo por nunca ter assumido que estava apaixonado por Berlim, ela lembrou a todos que para amar precisa coragem e, assim, revelou que de fato gostaria de se casar com Helsinki e formar uma família. Mais um momento honesto e fofo da personagem.