[Atenção: o texto a seguir contém spoilers da Parte 5]
Para além do choque de ver uma das protagonistas morrer de forma tão dramática, o adeus da Tóquio (Úrsula Corberó) ao final da primeira metade da Parte 5 deixou uma dúvida para os fãs de La Casa de Papel: quem continuaria a narrar a história do ambicioso roubo do Professor (Álvaro Morte) e seu bando se a impulsiva ladra se sacrificou para salvá-los?
Contrariando as expectativas, não foi nem Rio (Miguel Herrán), nem nenhum dos companheiros de Tóquio que assumiu o posto. Na realidade, nada mudou nos últimos cinco episódios da série espanhola: a personagem continuou a contar o passo a passo do atraco como se seu espírito tivesse permanecido entre os seus o tempo todo. Quer dizer, ela diz isso com todas as letras quando Rio vai visitar o local onde ela morreu: “dizem que, quando alguém morre tragicamente, seu espírito permanece algum tempo no lugar onde morreu”.
Então, por mais que tenha sido contraintuitivo, tê-la descrevendo e acompanhando seus amigos no final dramático da sua missão teve um quê poético agradável, condizente com o tom de toda a série.
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