Música

Crítica

Lorde e Phoenix no Lollapalooza Brasil 2014 | Crítica

Primeiro embate do festival trouxe dois dos melhores shows da edição

06.04.2014, às 11H32.
Atualizada em 29.06.2018, ÀS 02H41

O fim da tarde do primeiro dia do Lollapalooza Brasil 2014 guardava um embate . De um lado, Lorde, a sensação jovem da Nova Zelândia; do outro os franceses do Phoenix, consagrados e com um ótimo novo disco nas costas. Decidir entre os dois não seria fácil, mas indepedente da escolha, uma performance de primeira qualidade foi assistida.

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Lorde

Lorde entrou no palco Interlagos com "Glory and Gore". Àquela altura, o público ainda era tímido, mas ansioso pela aparição da cantora. Aos poucos a plateia que lotava o show do Imagine Dragons (situado a 20 minutos dali) se uniu ao coro uníssono dos fãs da menina de 17 anos. Com um figurino mais leve que o habitual, ela apareceu de barriga de fora, calça branca e uma enorme plataforma. De imediato, o suspiro de seu legado de fãs enconstados à grade. "Nossa, como ela é alta e bonita, o cabelo dela é enorme", diziam.

Os tímidos 'carões' e a simpatia de Lorde chamaram atenção. A coreografia, que muitas vezes causa estranheza, fez a alegria dos adolescentes no local. A menina parecia a vontade com o público, talvez uma identificação pela idade e até do perfil dos fãs que a segue. No palco Lorde sanou as questões de quem duvidava de seu talento com uma voz marcante, apesar da presença ainda em construção. Ainda assim, fez um show digno do 'hype' que envolve seu nome.

Lorde deu um passeio pelo palco com uma bandeira do Brasil, ao som de "Royals", seu maior hit. E para finalizar fazendo com que as garotas e garotos presentes gritassem e chorassem loucamente sob uma chuva de papéis coloridos o show termina com "Team" e "A world alone".

O mar do Phoenix no Lollapalooza

A alguns metros dali, acontecia o show do Phoenix. "Acontecia" pois a banda finalmente tornou o palco Skol uma arena digna de um festival do tamanho do Lollapalooza. "Entertainment", do recente Bankrupt! (2013), foi o início do show com a maior conexão 'artista-plateia' da noite.

Não era só o mais novo álbum da banda que se encaixava perfeitamente com o início da noite em São Paulo - a presença de Thomas Mars fez a diferença também. Falante e ativo, o francês manteve o público atento e cantando durante a 1h30 em que esteve se apresentando. Com um bom som e efeitos de luz impactantes, a banda mostrou um repertório de sucessos antigos ("Lasso", "Lisztomania","Rome", "Armistice") de Wolfgang Amadeus Phoenix.

No fim do show, Mars se jogou no mar de pessoas que se formou à frente do palco Skol. Não houve uma música cantada pelos franceses que não fosse entoada pelos quase 80 mil presentes. A partir do Phoenix, a sensação de estar em um festival foi instaurada definitivamente e seria confirmada pelos ótimos Nine Inch Nails e Muse. Pois por mais que o Imagine Dragons tenha lotado o Onix, a técnica e experiência do grupo de Versailles fez total diferença.

Nota do Crítico
Bom

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