Editora publica Urusei Yatsura sem licença e justifica: "para chamar atenção"

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Editora publica Urusei Yatsura sem licença e justifica: "para chamar atenção"

Criador da Ao Leitor, com Carinho explica decisão em entrevista ao Fora de Plástico

Omelete
2 min de leitura
22.04.2025, às 11H48.

A editora Ao Leitor, com Carinho tomou uma decisão no mínimo peculiar. A empresa, aberta em fevereiro deste ano, publicou o mangá Urusei Yatsura sem o devido licenciamento da obra.

A série, da mesma autora de InuYasha e Ranma 1/2, Rumiko Takahashi, era inédita no Brasil até então. Os volumes começaram a ser lançados em versão impressa pelo site da editora, pelo valor de R$ 69,70, em formato BIG e com mais de 400 páginas. As suspeitas começaram a surigr na internet quando uma editora recém lançada conseguiu os direitos de uma obra de uma autora tão renomada.

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Erik Yoshitaki, criador da editora, confirmou em entrevista ao Fora do Plástico que o projeto é totalmente de fã para fã. A empresa surgiu após Erik se cansar de "pedir às editoras diversas publicações e nunca ter resposta. É uma tentativa de resgatar obras queridas e apresentá-las com o cuidado que elas merecem".

Segundo o empresário, houve dificuldade em conseguir contato com a Shogakukan, responsável pelo licenciamento do mangá. "Tentei contato direto com a Shogakukan, mas nunca obtive resposta. Depois de falar com muita gente, consegui o contato de um agente de licenciamento no Japão, que me passou o valor do licenciamento mas que também falou que a Shogakukan não tinha interesse em licenciar a obra para mim. Depois disso, a pessoa nunca mais falou comigo e nem retornou os outros e-mails que lhe enviei", explicou.

Indginado pelo desdém da editora japonesa, Yoshitaki decidiu publicar o mangá sem autorização: "Seria muito melhor ter o contato de um agente oficial aqui do Brasil, o que não consegui até agora. Meu objetivo com essa publicação é abrir uma fresta no mercado editorial brasileiro e, sim, chamar atenção dos japoneses, para mostrar que há outras editoras e projetos possíveis que eles possam querer explorar".

Até o momento, a Shogakukan não se manifestou oficialmente sobre o caso.

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