Após a Netflix anunciar que utilizou tecnologia de uma inteligência artificial para criar as paisagens de um filme animado, muitos artistas, otakus e entusiastas questionaram a escolha. Afinal, uma obra com participação de um robô ainda tem a mesma originalidade de uma animação 100% feita por humanos? Levamos o caso para o renomado diretor de animação Makoto Shinkai, que está lançando seu novo longa Suzume na América.
Ao Omelete, o diretor revelou ser a favor da prática: “Sim, esperamos que a IA nos ajude a fazer filmes”, disse sobre a tecnologia no cinema japonês. ”Ainda não a usei, mas espero que a IA generativa seja uma boa ferramenta para produção de histórias e arte conceitual”.
O diretor explorou o tema ainda mais a fundo, defendendo inclusive a controversa questão financeira por trás do uso de IA na indústria. Shinkai focou no lado econômico da questão: “Especialmente na produção de animação 2D, se a IA puder ser usada para fazer a animação entre quadros e para colorir personagens, pode resolver falta de mão de obra e reduzir o trabalho”.
A trama de Suzume acompanha a personagem título, uma jovem de 17 anos, que encontra uma porta mágica em meio a ruínas em sua pequena cidade no Japão. Ao tentar passar por ela, a jovem percebe que outros portais semelhantes por todo o país também se abriram, causando destruição ao seu redor. É quando ela decide partir em uma missão para fechar todas as portas, e desvendar o mistério por trás delas.
Shinkai falou sobre o longa em comunicado oficial: "Precisamos pensar em como fechar as muitas portas que deixamos abertas em nossas vidas. [...] É minha esperança sincera que este filme faça o público sair dos cinemas com um sorriso largo".
O longa já está disponível com dublagem em português nos cinemas do Brasil.
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