ATENÇÃO: Spoilers de As Marvels a seguir!
A cena pós-créditos de As Marvels é uma das (cada vez mais) raras dentro do MCU que de fato mudam tudo na mitologia da saga. Além de trazer de volta Kelsey Grammer como o Fera, dando aquele gostinho da introdução dos X-Men na franquia, a sequência nos introduz a uma nova heroína: a Binária.
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Quer dizer, nova mais ou menos, já que ela ganha o rosto de Maria Rambeau (Lashana Lynch), melhor amiga de Carol Danvers (Brie Larson) e mãe de Monica (Teyonah Parris), uma personagem que conhecemos lá em Capitã Marvel. Na realidade principal do MCU, no entanto, Maria morreu de câncer durante o Blip, período em que metade da humanidade deixou de existir como consequência dos atos do Thanos (Josh Brolin).
Acontece que, no final de As Marvels, Monica fica presa em uma realidade alternativa, onde sua mãe não só está viva, como não a reconhece e tem uma identidade super-heróica.
Mas quem é a Binária nas HQs da Marvel, e como ela se relaciona com essa versão do cinema?
A resposta é basicamente que, como de costume, Kevin Feige e os roteiristas do MCU fizeram alterações significativas na mitologia da Binária – afinal, nos quadrinhos, ela é uma identidade assumida pela própria Carol Danvers.
A Binária fez sua primeira aparição em Uncanny X-Men #164, em 1982, parte da celebrada passagem de Chris Claremont e Dave Cockrum pelo título dos mutantes. Na época, Carol estava viajando com os X-Men após brigar com os Vingadores, perder seus poderes e ser ajudada pelo Professor Xavier.
Durante uma aventura intergaláctica com os mutantes, Carol é capturada pela raça de alienígenas conhecida como Ninhada, e vira cobaia de seus experimentos científicos. É assim que ela ganha a habilidade de absorver e utilizar a energia de vários corpos celestes, assumindo a identidade de Binária.
Esta “nova” heroína teve várias aventuras com os X-Men, os Novos Mutantes e até o grupo britânico Excalibur durante os anos 1980. Carol só foi perder os poderes de Binária em 1992, durante a storyline Tempestade Galáctica, voltando então a utilizar o codinome Miss Marvel.
A personagem foi largamente abandonada desde então, reaparecendo apenas brevemente durante a passagem da roteirista Kelly Thompson pela revista da Capitã Marvel. Nessa nova versão, a Binária é um clone de Carol Danvers, criada inadvertidamente por ela enquanto fazia experimentos com seus poderes.
A heroína, no entanto, durou muito pouco. Em Captain Marvel #48, a nova Binária morreu durante uma luta contra a imperatriz da Ninhada
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A conexão da Binária original com os X-Men, portanto, é o único vestígio de sua identidade que foi transportada para o MCU, ao menos a julgar por essa breve aparição em As Marvels. É difícil adivinhar quando reencontraremos a versão Maria Rambeau da heroína, mas os fãs certamente estão ansiosos para saber o que a franquia fará com ela.
As Marvels já está em exibição nos cinemas brasileiros.