[Texto traz spoilers de “1893”, terceiro episódio da segunda temporada de Loki]
Como já fez nas semanas anteriores, Loki continua se divertindo com o caos de seus principais conceitos. E se os primeiros dois episódios da temporada brincaram com a confusão inerente a histórias de viagem no tempo, “1893”, disponibilizado nesta quinta-feira (19), usou de dinâmicas e do timing de animações clássicas para apresentar Victor Timely (Jonathan Majors), nova variante d’Aquele Que Permanece.
Este terceiro episódio começa com Ms. Minutes (Tara Strong) e Renslayer (Gugu Mbatha-Raw) deixando o manual da AVT (Autoridade de Variância Temporal) com uma criança em 1868 da Linha do Tempo Sagrada sob ordens d’Aquele Que Permanece. Pouco depois, Loki (Tom Hiddleston) e Mobius (Owen Wilson) chegam ao mesmo local, mas, ao não encontrar a dupla fugitiva, eles seguem para 1893 em uma ramificação da realidade. Lá, eles encontram Timely apresentando um protótipo rudimentar do Tear Temporal na Feira Mundial de Chicago. Como já foi mostrado em Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania, o Deus da Trapaça se assusta com a variante, assegurando ao parceiro que o inventor no palco é uma das criaturas mais perigosas do multiverso.
Após discutirem se devem levar ou não Timely à AVT, a dupla segue a variante, assim como Renslayer, e percebem que, além de tentar construir o Tear, ele tem usado parte do conhecimento adquirido pelo manual da AVT para aplicar golpes em ricos e poderosos com invenções que não funcionam. Enfurecidos pelos golpes do inventor, alguns de seus investidores o perseguem, dando início a uma caçada que poderia muito bem ter saído de um episódio dos Looney Tunes.
Mais do que apenas se esconder usando pedaços do cenário ou despistar suas vítimas se engatinhando no meio da multidão, Timely se move como o Pernalonga e suas expressões faciais são cartunescas e exageradas, especialmente quando ele é encurralado por Sylvie (Sophia Di Martino) e vê a deusa nórdica enfrentando sua contraparte. Essa dinâmica animada se repete poucos minutos depois, quando Loki, Mobius e os enganados por Victor procurarem por eles nas ruelas da Chicago do século XIX. Do jogo de câmera a homenagens às famosas “portas de Scooby-Doo”, “1893” trabalha com uma comédia física pouco explorada no MCU e, por isso mesmo, bem refrescante em meio às várias edições picotadas nas produções da franquia.
Ajudado por Renslayer e Ms. Minutes — que começam uma hilária, mas não menos desconfortável disputa pela atenção e afeto de Victor —, o inventor despista seus perseguidores mais uma vez e embarca em uma balsa para Wisconsin, onde ele guarda seu protótipo mais recente, essencial para salvar a AVT. Na embarcação, Timely descobre que as fugitivas que deixaram o manual que inspirou suas invenções em suas mãos anos atrás. Temendo que, assim como os investidores que tentavam se aproveitar de suas invenções, a ex-juíza queria apenas usá-lo e, encorajado pelo relógio animado, o inventor coloca Ravonna em um bote e a joga para fora da balsa, seguindo para seu laboratório sem ela.
Quando chegam em Wisconsin, Ms. Minutes começa a relembrar sua história com Aquele Que Permanece e, durante a conversa, Victor entende que a reloginho é, na verdade, perigosamente obcecada pelo criador da AVT. Assustado, ele a “desliga”, sendo então encontrado por Renslayer, que ameaça podá-lo, mas é impedida pelas chegadas de Loki, Mobius e, por fim, Sylvie.
Antes obstinada em eliminar Timely, Sylvie muda de ideia após ele argumentar que, embora seja uma variante d’Aquele Que Permanece, ele ainda tem sua individualidade e direito de viver apesar do que suas contrapartes podem ter feito. Identificando-se no discurso de Victor, a deusa decide permitir que Loki e Mobius fujam com o inventor antes de literalmente chutar Renslayer para o Fim dos Tempos, onde a ex-juíza e Ms. Minutes encerram “1893” planejando seus próximos passos sem a ajuda de uma variante de Kang.
Os novos episódios de Loki são disponibilizados semanalmente às quintas-feiras à noite no Disney+.
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