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Loki retorna trazendo o brilho criativo de volta ao MCU

Série estreia sua 2ª temporada mais colorida, emocionante e menos preocupada em se explicar

Omelete
3 min de leitura
04.10.2023, às 09H00.
Atualizada em 06.10.2023, ÀS 12H24

Seguindo o movimento de altos e baixos criativos da expansão do MCU na TV, a primeira temporada de Loki conquistou o público por sua estranheza, mas mostrou pouca originalidade na forma como abordou viagem no tempo. Apostando no seguro, a série foi comparada com outros títulos do gênero que fizeram a mesma coisa antes e melhor, como Rick & Morty e Doctor Who. No começo do segundo ano, no entanto, a produção se afasta de influências externas para se divertir em seu próprio mundo.

A estreia de Loki é extremamente animadora. Rapidamente, mas sem pressa, os conceitos da série são explicados só o bastante para que nenhum espectador se perca entre um acidente temporal e outro. Por mais dinâmica que seja, a temporada começa sem perder uma única batida e toma cuidado para que cada evento e personagem importe no plano geral da história — algo cada vez mais raro no MCU.

A segunda temporada também parece ter mais consciência da natureza caótica inerente à sua trama. Loki volta emulando movimentos e jogos de câmera característicos de animações, contribuindo para a atmosfera incomum que tanto atraiu no ano anterior. Dentro de uma franquia que se acomodou nos cinemas (e em pelo menos metade de suas produções televisivas), é reconfortante ver um título sem medo de estabelecer uma identidade única mesmo quando muito conectado à grande saga atual do MCU.

O novo ano tem uma estrutura episódica bem melhor estabelecida que a da temporada anterior. Com uma divisão mais tradicional que os outros “filmes de X horas” que dominam os streamings, a segunda temporada de Loki parece menos inchada e cansativa que os episódios originais.

Como era de se esperar, Tom Hiddleston segue em grande forma como Loki. A série dá ao astro espaço o bastante para explorar todas as emoções do Deus da Trapaça sem perder o brilho vilanesco que o transformou na importante peça que ele é hoje para o MCU. Owen Wilson também volta muito bem. Assim como a primeira temporada, a segunda sabe usar o ator como algo muito além de um alívio cômico fácil, com Mobius mantendo sua posição como dos personagens mais divertidos de acompanhar da Marvel ultimamente.

Ao menos em sua primeira metade, a segunda temporada de Loki abandona a covardia que impediu o primeiro ano de alçar voos criativos mais altos. A série, agora dirigida por Justin Benson e Aaron Moorhead, entende a possibilidade de testar os limites de sua estranheza inicial e a aproveita de forma que reacende a esperança de ver o MCU voltar aos tempos mais ousados.

Loki estreia na noite de 5 de outubro no Disney+.

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