Embora seja a principal estrela de um dos mais novos lançamentos da Disney, a série Cavaleiro da Lua, da Marvel Studios (pertencente à Casa do Mickey), Oscar Isaac não se conteve falou contra o projeto lei "Don't Say Gay". A proposta, aprovada ou sob aprovação em diversos estados dos EUA, visa proibir que escolas e professores reconheçam a existência de pessoas LGBTQIA+. Recentemente, foi revelado que executivos da Disney financiaram campanhas de congressistas que apoiam o texto.
"Eu acho que meu comentário será: gay, gay, gay, gay, gay, gay, gay, gay, gay, gayyyyyy", afirmou Isaac à Variety, cantando durante uma entrevista para promover a série do Universo Cinematográfico da Marvel (MCU). "É uma lei absolutamente ridícula. É insano. É insanidade. E eu espero que a Disney, como companhia, venha e se posicione fortemente contra essa ideia. É aterrador que isso sequer exista, neste país".
Intérprete do principal antagonista de Cavaleiro da Lua, Ethan Hawke preferiu não falar sobre a lei, especificamente, mas ressaltou a importância de representatividade LGBTQIA+ na cultura pop. "O trabalho da minha vida é dedicado a criar empatia", afirmou o ator. "Eu sinto o poder das histórias que contamos uns aos outros. Se você conta a verdade sobre a experiência humana, você convida empatia. E quanto mais lugares nós iluminamos, menos lugares escuros existem, e há menos motivos para ter medo. E quanto mais entendemos as experiências uns dos outros, mais humanidade encontramos neles, e o melhor nos sentimos. Então esse é o meu trabalho".
Nesta terça (22), funcionários da Disney realizaram protestos presenciais e virtuais contra a resposta considerada pouco satisfatória da Disney à legislação anti-LGBTQIA+. "Nós pensamos que é importante para nós, contadores de histórias, que a verdade de todo mundo seja contada, para que as pessoas a vejam e reconheçam. Sentimos que esse projeto de lei na Flórida nega isso para uma larga seção de pessoas, hoje", afirmou Beth Osisek, vice-presidente de desenvolvimento de conteúdo no Hulu, ao The Wrap.
Também nesta terça, o Disney+ foi o mais novo membro da Walt Disney Company a se pronunciar contra o projeto de "Don't Say Gay". No Twitter, o streaming afirmou:
"O Disney+ apoia nossos funcionários, colegas, famílias, contadores de história e fãs LGBTQIA+ e nós fortemente denunciamos todas as legislações que infringem os direitos humanos básicos das pessoas da comunidade LGBTQIA+ — especialmente a legislação que mira e fere jovens e suas famílias. Nós nos esforçamos para criar um serviço que reflita o mundo em que vivemos, e nossa esperança é ser uma fonte de inclusividade, empoderamento e histórias autênticas que nos unem na nossa humanidade compartilhada".
Desde que a informação do apoio da Disney a políticos do "Don't Say Gay" veio à tona, funcionários do conglomerado, inclusive da Pixar, protestam publicamente, e denunciam que executivos exigiram a censura de cenas de afeto entre personagens LGBTQIA+.
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De fato, há pouquíssimos personagens LGBTQIA+ nas animações do estúdio, sendo a mais notável Specter, de Dois Irmãos. A orientação sexual da personagem é mencionada de passagem, quando ela está no telefone com a namorada. O momento, breve e sem grandes importâncias para a trama, foi o suficiente para que o filme fosse banido em alguns países do Oriente Médio.
Diante do clima tenso, a Disney tenta reagir. Recentemente, a Variety revelou que a companhia tinha vetado um beijo entre um casal homossexual em Lightyear, o derivado de Toy Story, mas voltou atrás depois dos acontecimentos das últimas semanas.
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