A primeira temporada de She-Hulk pode ter terminado, mas ao que tudo indica esse não é o fim nem para Jen Walters (Tatiana Maslany), nem para Bruce Banner (Mark Ruffalo). Isso porque em "De Quem É Essa Série?", o episódio mais meta da série até aqui, ficaram no ar três sugestões importantes sobre o futuro dos heróis no MCU: She-Hulk deve ganhar mais episódios; ela pode dar as caras em algum filme; e o novo arco do Hulk vai, sim, para os cinemas.
Essa avalanche de pistas animadoras sobre os primos veio depois de Jen se incomodar com a bagunça que virou seu finale. Com o surgimento sem explicação do primo e de Titânia (Jameela Jamil) para a sequência final de ação, e Todd (Jon Bass) pegando inspiração na premissa do soro do Super Soldado para se tornar um Hulk, a advogada decidiu assumir as rédeas e tirar satisfação com os responsáveis pela série. Para isso, ela literalmente quebra o catálogo do Disney+ e se infiltra na sala de roteiristas através do Marvel: Avante, e o que encontra é mais uma discussão absurda sobre seu futuro. "E se fizermos a segunda temporada inteira como uma grande sequência de sonho?", pergunta um dos roteiristas, antes de ser interrompido pelas reclamações da heroína.
A ideia dele em si não deve ser levada a sério, considerando que só prova o ponto de Jen sobre o esgotamento da própria fórmula da Marvel. No entanto, até aqui a série fez tantos comentários sobre a TV e o MCU que, em um episódio que encontra sua solução nos bastidores do estúdio, a sugestão pode ser mais do que uma piada: pode ser um prenúncio.
Embora a Casa das Ideias não tenha continuado a maioria das suas séries — por enquanto, só Loki e What If…? confirmaram segundas temporadas —, o próprio formato de She-Hulk, isto é, uma série de advogados com um quê de procedural, permitiria que ela continuasse sua jornada, sem grandes embaraços. Isso sem mencionar que a personagem em pouco tempo se conectou com tantas figuras do MCU, como Abominável (Tim Roth) e o próprio elo da Fase 4, Wong (Benedict Wong), que não faria sentido despedir-se dela agora.
UM FILME PARA CHAMAR DE SEU
O problema de Jen, porém, não se resolve na sala dos roteiristas e ela não tem escolha a não ser falar direto com o chefão do estúdio, Kevin. Mas calma: não é o Feige. She-Hulk descobre que, na verdade, o Marvel Studios é comandado por uma inteligência artificial, cuja sigla (K.E.V.I.N., em inglês) significa Nexus de Interconectividade Visual de Conhecimento Aumentado, e é ela quem a heroína precisa convencer para mudar seu final.
Felizmente, Jen cumpre seus objetivos e consegue não só apagar o ímpeto de Todd de se tornar um Hulk, como adiar a volta do Hulk ao episódio. Este último ponto em específico gerou incômodo em K.E.V.I.N., já que a I.A. queria revelar o que Bruce fora fazer no espaço. Sem dar margem para contra-argumentação, contudo, Jen simplesmente lhe disse: “guarde para o filme”.
A explicação do paradeiro dele veio ao final do episódio com a introdução de Skaar, o filho do Gigante Esmeralda, mas convenhamos: esse é o menor dos detalhes de toda essa discussão. Isso porque esse diálogo é talvez a maior evidência de que a Casa das Ideias trabalha, sim, em um filme centrado no Hulk. Em outras palavras, podem ser verdadeiros os rumores de que os imbróglios com os direitos do personagem estariam resolvidos e, pela primeira vez desde O Incrível Hulk, o Vingador veterano teria um arco trabalhado não como coadjuvante em aventuras de outros heróis, mas em uma produção sua. Seria esse, portanto, o princípio da tão especulada (nova) adaptação de Hulk Contra o Mundo?
Considerando que não há qualquer especificação de que filme seja este, é preciso dizer que a frase de Jen pode se referir a qualquer outro longa já programado pela Casa das Ideias, e não a uma história solo do Hulk — afinal, a série já brincou com as expectativas dos fãs antes. Mas, de novo, o tom de prenúncio desse episódio parece indicar que o cenário é otimista para os fãs do Gigante Esmeralda, até porque Mark Ruffalo não tem interesse em dizer adeus ao herói tão cedo.
A SÉRIE FOI SÓ O COMEÇO
Ao se despedir de Jen, K.E.V.I.N. deu outro aceno aos fãs sobre o que esperar do MCU nos cinemas, mas dessa vez mencionando She-Hulk. “Te vejo na telona”, afirmou a I.A., para a surpresa da protagonista. Contrariado com a postura da heroína, K.E.V.I.N. eventualmente disse que isso não era verdade, como se tivesse brincado com as esperanças dela apenas para devolver sua frustração. No entanto, a piada parece fazer eco a uma declaração de Mark Ruffalo na estreia da série: "não haverá outro Vingadores sem ela". Será que ela vai entrar para a equipe?
Outro detalhe relevante que o finale dá sobre o futuro da personagem é seu envolvimento com o Demolidor (Charlie Cox). O casinho parece ter ficado sério, já que Matt Murdock foi visitá-la por uma semana e até participou de um almoço de família, no qual teve que deixar claras suas intenções com a advogada. Quer dizer, o casal deve continuar, e essa pode ser a desculpa perfeita para colocá-la também em Daredevil: Born Again, a nova série do Demônio de Hell’s Kitchen.
A primeira temporada completa de She-Hulk está disponível no Disney+. Relembre a nossa entrevista com a atriz Tatiana Maslany:
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