O historiador propõe em seu blog que os fãs parem de comprar todos produtos com personagens co-criados por Kirby: Capitão América, Thor, Quarteto Fantástico, X-Men, Hulk e praticamente tudo o que tem histórico de sucesso na editora (com exceção do Homem-Aranha). Isto se estenderia a todos produtos com os personagens criados pela editora, como os filmes da Marvel Studios.
Bissette diz que reconhece a questão jurídica do caso e que a decisão da juíza Colleen McMahon é legalmente correta. Mas diz que, acima de tudo, há uma questão moral: o fato da Marvel não reconhecer a dívida que tem com Kirby perante o sucesso da editora. Ele dá o exemplo do parceiro de Kirby, Stan Lee, que desde sempre é bem amparado financeiramente e em créditos pela editora (um pouco por "nepotismo", alfineta Bissette - Lee é sobrinho de um dos fundadores da Marvel, Martin Goodman). Outro exemplo é da DC Comics, que paga royalties a seus autores por personagens criados e republicações - e inclusive paga à família de Kirby toda vez que utiliza os personagens que ele criou para ela, como os Novos Deuses.
Outro exemplo que Bissette dá é particular: a DC lhe envia royalties até hoje por seu envolvimento na criação de John Constantine. Bissette era o desenhista de Monstro do Pântano na época da criação do mago inglês. No blog, ele conta que recebeu um cheque de 45 mil dólares da DC quando Constatine virou filme, mesmo que o seu contrato na época da criação do personagem fosse o mesmo work-for-hire de Kirby.
"Peço a vocês, senhoras e senhores, que a San Diego Comic Con 2012 seja o evento mais desconfortável do qual a Marvel ou qualquer empresa envolvida em filmes, videogames e qualquer produto derivado do legado de Jack Kirby na Marvel já participou na história das convenções de quadrinhos - é só você querer", conclama Bissette.
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