Parasita, de Bong Joon Ho

Créditos da imagem: Parasita/Divulgação

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Os melhores filmes de 2019

Equipe editorial do Omelete escolhe seus favoritos do ano!

30.12.2019, às 12H00.
Atualizada em 24.03.2020, ÀS 16H21

O cinema foi bastante movimentado em 2019. Para continuar a seleção de favoritos do Omelete, a equipe editorial agora escolhe os melhores filmes do ano. Veja abaixo!

Parasita

Um dos melhores filmes não apenas do ano, mas da década. O longa cria o balanço perfeito entre vários estilos e passeia por eles com tranquilidade: comédia, suspense, terror, drama… além disso, as atuações são fora de série e é um filme que chega como favorito a pelo menos uma premiação do Oscar (no caso, melhor filme estrangeiro) - Fábio Gomes

A estrutura é parecida com a de Bacurau: começo meio arrastado para apresentar a realidade dos personagens e um clímax frenético em total oposição a essa normalidade inicial. Bacurau me deixou impactada por dias e o fato de ser uma história no nordeste conquistou meu coração. Mas sinto que Parasita se aprofundou muito mais no conceito que propôs e a narração da sequência final foi de chorar - Camila Sousa 

O segundo semestre de 2019 trouxe algumas surpresas e, de repente, um ano que eu estava achando sem graça ganhou brilho. E o maior deles foi Parasita. Para mim, o que Bong Joon Ho fez, basicamente, foi o máximo que você pode esperar de um filme. História, atuação, fotografia, crítica social, piada, medo, tudo. São tantas emoções tão fortes em um filme só que é simplesmente... absurdo. - Julia Sabbaga

O diretor Bong Joon Ho faz parecer fácil transitar entre tantos gêneros, em um filme bastante complexo de se explicar em poucas palavras. Ocasionalmente drama familiar, com toques de comédia, o que torna tão marcante é a discussão de classe, privilégio e, claro, a forte influência de horror - especialmente inspirado no francês extremo Mártires (2008). É altamente memorável, profundo, divertido e melancólico como poucos conseguiram ser em 2019. - Arthur Eloi

Tentei escolher uma opção menos clichê, mas não deu: esse foi o ano de Parasita. O filme de Bong Joon-ho é elegante e ao mesmo tempo, brutal. Ele passeia pela comédia, suspense, terror, drama e te faz refletir sobre os espaços que ocupamos na sociedade. Uma das grandes surpresas deste ano e que com certeza será um dos grandes nomes na próxima temporada de premiações - Patrícia Gomes

Bacurau

Pode não ter sido o melhor do ano, mas foi o mais importante. Com metáforas explícitas, convenções de gênero e apoiado na narrativa clássica, Bacurau é um filme de arte que se recorre à linguagem do cinema industrial para se comunicar com o maior número de pessoas possível. É um filme específico do Brasil, retrato desta década, um documento cultural que vai sobreviver por longos anos na memória do seu público - Lucas Zacarias

O Irlandês

Além do fato de ser um grande acontecimento do ano (Netflix mudando as regras do jogo em busca de prestígio, os avanços tecnológicos) o filme de Martin Scorsese é uma bela elegia a um tipo de cinema que ele e os nomes da Nova Hollywood tornaram paradigma nas últimas décadas. Uma maneira muito profunda de encerrar o ciclo de mais uma década - Marcelo Hessel

Entre Facas e Segredos

Entre Looper, Breaking Bad e Star Wars, Rian Johnson praticamente não errou e Entre Facas e Segredos é provavelmente o melhor trabalho do diretor desde o começo de sua carreira. Ele aborda assuntos extremamente relevantes para a sociedade atual, misturando suspense, drama e comédia no longa mais divertido e interessante de 2019 - Nicolaos Garófalo

Turma da Mônica: Laços

Ultimato não é uma adaptação de quadrinhos tão boa quanto Laços. A cena da briga de Marriage Story não é tão intensa quanto Mônica e Cebolinha discutindo na encruzilhada. O Coringa de Joaquin Phoenix não é tão afetado quanto o Louco de Rodrigo Santoro. Turma da Mônica: Laços tem seus erros, mas ele acerta em mirar na conexão emocional com quem cresceu acompanhando esses personagens. Em uma comparação afetiva com Turma da Mônica: Laços, qualquer outro filme do ano vai ser um filme qualquer - João Filimas

Homem-Aranha: No Aranhaverso

Não tem competição, melhor filme do ano (a animação foi lançada nos EUA em 2018, mas em 2019 no Brasil). Inovador na tecnologia, narrativa, trilha sonora, o filme é uma excelente adição ao line-up de filmes de super-heróis, que muito precisava de algo novo para renovar o catálogo - Aline Diniz

Klaus

Antes de Homem-Aranha no Aranhaverso, as produções audiovisuais animadas sempre se assemelhavam muito no aspecto visual. O estilo foi deixado de lado por muitos anos e iniciou-se uma batalha entre estúdios para ver quem conseguia a imagem mais "real", priorizando qualidades gráficas que não interferem nem um pouco na história. A animação por si só é uma ferramenta narrativa que tem como limites apenas a imaginação. Na produção do ano passado do teioso foi possível ver uma nova forma de fazer animação, onde a técnica e história se combinavam de forma sublime. Este ano, Klaus, primeira animação de Sergio Pablos e de seu estúdio (SPA studios),revive a animação 2D de uma forma nunca antes vista e traz uma história que faz você se divertir do começo ao fim. A técnica é utilizada de forma impecável, do movimento dos personagens à fotografia que tira o fôlego - Luiz Torreão

Fora de Série

A estreia de Olivia Wilde na direção de um longa é uma verdadeira carta de amor à juventude e, sobretudo, à amizade. Com um ritmo único, diálogos afiados e, mais importante, um retrato honesto da adolescência com seus dilemas e descobertas, a jornada de Molly e Amy é hilária, encantadora, feminista e certamente te lembrará da sua relação com suas melhores amigas. Impossível de não se apaixonar - Mariana Canhisares

Shazam!

Adaptando um dos mais populares quadrinho do personagem, Shazam é uma aventura leve e descompromissada em um universo cinematográfico que começou bagunçado. Com uma produção modesta em comparação aos outros filmes de super-heróis, a produção se valeu do grande carisma de seu elenco - tanto infantil quanto adulto - para criar o melhor filme de natal fora de época desse ano - Gabriel Avila

História de um Casamento

Como Parasita, Bacurau e O Irlandês já estão na lista e Joias Brutas ainda não estreou no Brasil (vi durante o festival de Toronto), História de um Casamento vale a menção nessa lista pela qualidade do texto de Noah Baumbach e pelas atuações de Adam Driver, Scarlett Johansson e Laura Dern. É uma história de amor pelas dores do término, uma narrativa que busca a conciliação de opostos. Se a catarse de Parasita, Bacurau e Coringa são necessárias, também é a reflexão sobre como conviver entre diferenças, como buscar o bem comum - Natália Bridi

Varda por Àgnes

Em um ano cheio de filmes incríveis (sim, estou falando de Bacurau), optei pela escolha menos óbvia possível. Varda por Agnès foi uma grande homenagem ao trabalho de um dos ícones da Nouvelle Vague, Agnès Varda, que faleceu esse ano. O documentário mostra detalhes da vida da diretora, sua carreira como fotógrafa e cineasta, mas principalmente, Varda como pessoa. É como se fosse um abraço quentinho em forma de cinema! - Juliana Melguiso

A Vida Invisível

Poderia ser Parasita, Bacurau ou Dois Papas ou História de um Casamento, mas vou eleger por aqui este filme brasileiro que me fez sair desidratado do cinema. Karim Aïnouz reconta o livro de Martha Batalha de forma linda, mostrando como era dura a vida das mulheres nos anos 1950, e como pouco mudou nos últimos 70 anos - Marcelo Forlani

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