O problema é a abordagem que Morrison quer dar à personagem diante da política da DC Comics. Segundo o escritor escocês, Diana não faz sucesso desde a década de 1940, quando foi criada, porque perdeu a conotação sexual que tinha no início. Conotação defendida, aliás, pelo psicólogo, polígamo e defensor do amor livre William Moulton Marston, que a criou.
"Superman é a expressão máxima da masculinidade e pode ter algo de sexual, mas a Mulher-Maravilha devia ser a expressão máxima da feminilidade e não se permite que ela chegue perto de sexo", disse Morrison. O autor estaria lendo teoria feminista - "de Simone de Beauvoir a Andrea Dworkin" - e procurando uma forma de trazer o sexo de volta à personagem sem parecer oportunista.
Para concluir, Morrison ainda respondeu a um fã sobre a diferença básica que vê entre Superman e Batman, dois personagens com os quais está trabalhando atualmente: "Superman passou a infância colhendo feno em uma fazenda e é um herói da classe operária, por isso as pessoas não gostam dele. Já o Batman é um bilionário que dorme até as três da tarde, veste uma roupa de borracha e sai pra dar porrada nos pobres. É uma fantasia dos nossos desejos."
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