Kurt Cobain é lembrado no dia hoje, 5 de abril, com certo pesar no coração, pelos 25 anos desde sua morte. O vocalista que criou composições que ficariam marcadas na história da música deixou o mundo com fãs em luto e um legado que até hoje não foi superado.
Para atestar aos seus talentos como músico e compositor, listamos 10 covers de Nirvana que provam a versatilidade de suas canções. Confira:
Ramin Djawadi – "Heart-Shaped Box"
É raro Ramin Djawadi, compositor da trilha de Westworld, errar a mão em alguma reinterpretação que ele cria para a série. Mas a faixa que embalou o novo trailer, uma versão instrumental de "Heart-Shaped Box", transmitiu perfeitamente o peso e a melancolia da música original. Djawadi até comentou: ""Mesmo sem a letra, ela é tão reconhecível que é realmente incrível como ela funciona em uma orquestra. O seu centro, seu sentimento, está tudo lá". Ouça aqui.
Muse - "Lithium"
O Muse nunca gravou a sua própria versão do Nirvana, mas eles frequentemente fazem a sua própria versão de “Lithium”, com todo o peso que a original transmitia, e ainda com toda a produção ao vivo que a banda leva. O trio considera o Nirvana uma de suas maiores influências, o que o baterista Dom Howard explicou: “Eles foram um dos motivos pelos quais nós decidimos começar uma banda. E tocar Lithium é sempre divertido, nos faz sentir como se tivéssemos 12 anos novamente”. Ouça aqui.
Richard Cheese - "Rape Me"
Richard Cheese é outro que sabe reinventar músicas como ninguém, e sua versão de “Rape Me”, que abriu o seu primeiro álbum, Lounge Against the Machine, é uma prova da versatilidade da canção de Cobain. A faixa original do In Utero ganhou um arranjo absolutamente diferente, principalmente quando gravado com uma grande orquestra, no álbum The Sunny Side of the Moon: The Best of Richard Cheese. Toda a melancolia da letra ganhou uma acidez única quando colocada no bom-humor do cantor. Ouça aqui.
Patti Smith - "Smells Like Teen Spirit"
"Smells Like Teen Spirit", do Nevermind, tem uma agressividade única, com uma melodia marcante. Conseguir transmitir a força da canção com um arranjo completamente diferente foi algo que a compositora Patti Smith conseguiu muito bem. Com um banjo característico, Smith fez uma versão mais folk e incluiu uma poesia, tornando sua versão bem única. Ouça aqui.
Polyphonic Spree - "Lithium"
Polyphonic Spree, banda de rock do Texas que preenche seus arranjos de coros e grandes instrumentações, fez uma versão incrível de "Lithium", do Nevermind. A música, que sempre foi explicada por Cobain como a história de um homem que se consola na religião, ganha um outro poder com um coro quase gospel por trás. Ouça aqui.
Otep - "Breed"
"Breed", também do Nevermind, é uma das músicas mais agressivas do disco, e nada mais justo do que ganhar um cover por uma banda de heavy metal. O Otep, banda de Los Angeles formada em 2000, fez um cover pesado e fiel, que também ganhou um belo videoclipe, que pode ser visto aqui.
Amanda Palmer e The Grand Theft Orchestra– "Polly"
A cantora americana Amanda Palmer fez uma versão suave e sinistra de "Polly" com sua The Grand Theft Orchestra. A faixa de Nevermind foi escrita depois de Cobain ter lido uma notícia sobre uma garota que foi sequestrada e abusada aos 14 anos, e a vocalista utilizou a história para transmitir um sentimento pesado e levemente perturbador à faixa, principalmente em seu clipe, que pode ser visto aqui.
Kawehi – "Heart-Shaped Box"
Outra versão única de "Heart-Shaped Box" veio do canal da cantora Kawehi, de Kansas, que cria o arranjo sozinha em um sintetizador e forma uma versão realmente impressionante da canção, totalmente diferente da original. A versão fez parte de um projeto em que ela reinventou diversas de suas músicas favoritas, e começou exatamente com esta. O cover já ganhou elogios da própria Courtney Love no Twitter. Ouça aqui.
Paul Anka – "Smells Like Teen Spirit"
Paul Anka, cantor e compositor canadense conhecido principalmente por hits dos anos 50 a 70, fez uma versão de swing/jazz para o clássico "Smells Like Teen Spirit". O cover de Paul Anka é um dos mais representativos na questão da universalidade das músicas de Cobain. A faixa funciona perfeitamente no estilo absolutamente distinto do original, e é cativante. Ouça aqui.
Sinéad O'Connor - "All Apologies"
"All Apologies" é uma das músicas mais singelas do Nirvana, quase que otimista, mas ainda com um distinto sentido melancólico, em grande parte pelo vocal de Kurt Cobain. Com a irlandesa Sinéad O'Connor, a música foi reinterpretada para o álbum Universal Mother, e ganhou uma versão suave e intensa. O'Connor conhecia Cobain pessoalmente, e descreveu a sua importância muito bem: "De vez em quando, chega alguém que acidentalmente representa o silêncio. Os que não são ouvidos. Kurt Cobain representava uma massa de invisíveis, que tinham muita dor, muita coisa que precisava ser dita". Ouça aqui.
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