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IIbeyi | Em retorno ao Brasil, irmãs empolgam com evolução sonora de novo repertório

Show focado no disco mais recente, Ash, contou com a participação de Emicida

02.02.2018, às 14H50.
Atualizada em 03.02.2018, ÀS 06H09

Um show do duo Ibeyi tem sempre a chance de ser algo marcante. As gêmeas que estão em turnê divulgando seu segundo disco, Ash, lançado no final do ano passado, entendem muito bem como funciona sua música ao vivo.

Agora, depois de uma primeira passagem pelo Brasil em 2016 - que impactou cantoras e público - a expectativa para saber como suas novas faixas soavam ao vivo e revê-las por aqui, era alta.

Diferente do primeiro show realizado em São Paulo, dessa vez,  Lisa-Kaindé e Naomi Díaz tinham um espaço só pra elas, o Cine Jóia, e já de entrada a audiência estava nas mãos da musicistas, preparada para dançar, cantar (de forma tímida) e gritar.

Assim, com tudo pronto, não há como algo sair fora do esperado. Por isso, ver um show das meninas, elas têm somente 23 anos, é admirar a potência (vocal, sonora, musical) e a entrega de cada uma pra não deixar ninguém parado, nem mesmo nos momentos mais calmos. São duas artistas que entendem muito bem como fazer uma mistura entre o swing dos instrumentos percussivos e a técnica dos teclados, sem perder o timing, sem perder a força. E isso tudo fica nítido, mesmo com Naomi fazendo mais força que o habitual para entregar suas notas mais altas. O que gera o pensamento: “E se ela estivesse 100%”.

O show, como esperado, está mais focado no novo disco e com isso, diferente da primeira apresentação em terras tupiniquins, ganha uma cara menos expansiva, com pausas entre as faixas, histórias dos porquês e comos para a criação de cada uma das novas músicas e alguns detalhes desse novo momento, comentados por Lisa.

Este formato de apresentação só ampliou a potência de criações como "No Man Is Big Enough For My Arms" (com trechos de um discurso de Michelle Obama), “Deathless”, “Waves”, “Valé” e “I Wanna Be Like You”, colaborando para a construção de uma atmosfera que alternava entre momentos um pouco mais calmos e momentos dançantes.

A empolgação da dupla no palco chegava às pessoas como ondas. Elas pulavam, gritavam, diziam “Eu amo vocês” e tudo mais que um artista pode fazer para demonstrar o quão feliz está por cantar em um lugar. E isso não foi novidade nem para a dupla, nem para o público.

Ainda, em meio a toda essa força musical colocada no palco pelas irmãs, a presença surpresa de Emicida funcionou como um catalisador, e como é bom ver esse flow misturado e funcionando de maneira tão impactante.

Por fim, as irmãs que já trilham seu próprio caminho na música - deixando o passado inspirado em melancolia pra trás, como já disseram em diversas entrevistas -, se despediram do público com um “nos vemos em breve”. E que assim seja.

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