
Comemorando o “dia internacional das muié” (que pra mim é só golpe de marketing pra vender flores, calcinhas, chocolates entre outras coisas engordativas e baratésimas, porque anel de diamante e colar de ouro que é bom, ninguém ganha), venho aqui falar de alguém que foi espinafrada até as últimas, mas deu a volta por cima. Portanto, alguém que merece atenção. Estou falando de Courtney Love, vocalista do grupo Hole e chamada de assassina pra baixo (porque essa gente tem tanto preconceito&qt;&) na ocasião da morte de seu marido Kurt Cobain, vocalista do Nirvana que cometeu suicídio em 1994.
Love está fazendo um rebuliço na indústria fonográfica. Assim como nos anos 50 a atriz Olívia de Havilland (E o vento levou...) pôs Hollywood abaixo e declarou guerra à ditadura dos grandes estúdios, Courtney está decidida a reformular os meios de negociação das gravadoras.
E a viúva do grunge parece ter comprado uma briga boa. Ela está movendo uma ação contra a Universal Music (não, não é a do bispo, mas também move uma grana preta!), o maior conglomerado de gravadoras do mundo, acusando a empresa de negociações “irresponsáveis e ilegais”.
O negócio é que Courtney trocou o microfone pelo trombone e resolveu denunciar de uma vez por todas o que todo mundo sabia, mas não tinha coragem de dizer: os meios nada ortodoxos que as gravadoras usam para persuadir seus clientes (no caso, as bandas) a ceder seus direitos. Ela alega “pratica de corrupção, lavagem de dinheiro através de apropriação ilegal de direitos autorais e o não pagamento de royalties” (porcentagem por disco vendido, que vai para o bolso do artista).
A majestosa Universal por sua vez, resolveu não declarar nada à imprensa sobre as acusações da cantora e só disse que tudo isso não passa de “um discurso inflamado para atrair a atenção da mídia”.
Acontece que nossa militante musical não precisa atrair mais atenção nenhuma para si.
Além de ter tirado o Hole da sombra do Nirvana e ter vendido milhares de discos, Love já fez vários filmes, entre eles os ótimos “O povo contra Larry Flint” e “O Mundo de Andy”, atuando sob a batuta de diretores como Milos Forman e Martin Scorcese (com quem ela está gravando um filme, chamado “Hello Suckers!”), é a detentora de TODOS os direitos do Nirvana, (que a Universal está de olho), quer formar uma banda de punk rock feminino (está negociando com a gravadora Epitaph records, fera no gênero, parece que a banda se chamará “Bastards”), está limpa de drogas e álcool, finalmente e deu uma recauchutada no “visu” que a deixou linda. Ou seja, ela está podendo.
Recentemente, ela deu uma entrevista ao jornal americano The Los Angeles Times e disse: “Eu vou acabar sendo o pior pesadelo da indústria fonográfica. Eu, a garota esperta, com uma conta gorda no banco e que não tem medo de lutar por seus princípios”.
Falou e disse, Courtney! Girl Power! (ixi... de Hole para Spice Girls é sacanagem! Hehehe)
Dicas pra ver e ouvir Courtney:
Alugue:
“O povo contra Larry Flint” e “O mundo de Andy” ou espere o novo filme de Martin Scorcese: “Hello Suckers!”
Compre os CD´s:
“Celebrity Skin - Hole (PS: a música “Malibu” é ótima)
“Live Trough this” ( aposte na música: “Violet”)
“Pretty on the inside” (“Teenage Whore”…é legal)
“Ask for it” (a música título é ótima)
“My Body hand granade”
“First Session”
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