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Segundo o baterista Barba, no início, a banda ficou aborrecida por se tratar de uma fita de qualidade inferior ao que iria para o CD mas depois, acabaram relaxando. "Não estavam todas as músicas ali e nem o Marcelo cantando e nem o resto da banda tocando, representava o que realmente estaria no CD. Aquilo era um ensaio, o tipo de coisa que fazemos para nós mesmos. Mas no fim das contas, acho que atualmente esse tipo de coisa faz parte. Todos estamos sujeitos a isso".
Ouvindo na Internet ou somente agora, depois
do lançamento de Ventura,
o que se vai encontrar é um aprimoramento do trabalho anterior, O
bloco do eu sozinho, acrescido de melodias mais sofisticadas
e de uma influência ainda maior da MPB produzida no início da década
de 70. "Nada disso foi intencional", diz o batera. "Assim
como também não foi intencional o sucesso de "Ana Júlia".
Nunca estivemos preocupados em repetir ou não aquele sucesso. Quando
estamos em estúdio, ensaiando e gravando, só nos preocupamos com
o que está por vir".
Influências de nomes como Ivan Lins são percebidas claramente pelos
mais atentos. "Este é o tipo de coisa que o Marcelo gosta de
ouvir e é claro, acaba entrando no CD. Eu admito que só fui me
interessar por este tipo de som, depois do disco pronto", diz Barba.
Mas o rock, obviamente, ainda está bastante presente no CD que, assim como aconteceu com o anterior, tem tudo para receber os maiores elogios da crítica especializada, não devendo atingir no entanto o grande público. Barba lembra que no entanto, os shows da última turnê sempre foram super animados. "Realmente o público em geral ouviu falar mais do segundo disco do que o escutou propriamente. Pode ser que isso aconteça de novo, mas não nos importamos com isso . O que interessa é que, mesmo que seja aos poucos, as pessoas que curtem nosso trabalho, ainda que ele não esteja nas rádios, vão correr atrás para conhecer e, na hora dos shows, vai estar todo mundo lá, cantando e se divertindo junto com a gente", diz o baterista.
E falando em shows, desta vez, as apresentações que começam este mês pelo Sul do país, vão contar com uma estrutura bem mais completa. "Vamos ter instrumentos de sopro, naipe de metais e tudo o mais no palco. Vai dar para reproduzir bem o disco". Barba diz ainda, que o fato do grupo mais uma vez ter se enclausurado em um sítio no interior do Estado do Rio antes das gravações do CD, ajudou bastante o entrosamento entre os integrantes. "Estamos loucos para cair na estrada novamente e acho que estamos super afinados com o novo repertório". Agora, é só esperar para conferir.