O DJ e produtor Alan Walker, nasceu na Inglaterra, mas aos dois anos se mudou para a Noruega onde vive desde então. Com uma daquelas histórias que podem ser enredo de filmes, o jovem começou a produzir música após se interessar pelo som de um DJ italiano e ingressar em um grupo de produtores amadores que trabalhavam com o software FL Studio - conhecido anteriormente como FruityLoops - no Facebook. Após isso, com 17 anos de idade, ainda criando faixas em seu quarto e divulgando seu material no Soundcloud e no Youtube, a música "Fade" chamou a atenção do selo NoCopyrightSounds que relançou a faixa com o nome de "Faded" e desde então Walker vem se apresentando ao redor do mundo e gerando interesse em figurões como Tiesto e outros grandes nomes.
O jovem DJ que completa 20 anos em agosto, conversou com exclusividade com o Omelete e falou um pouco sobre como é fazer sucesso tão cedo, sua apresentação no Electric Zoo, festival que acontece em São Paulo nessa sexta (21), e suas influências.
Logo de entrada ele destaca que ainda não entende muito bem a sensação de fazer tanto sucesso tão cedo. "Eu não sei muito bem. Eu sinto as borboletas no estômago o tempo todo. Ver o número de views no Youtube e no Spotify e poder me apresentar pelo mundo, ver as pessoas... Isso é algo que eu nunca esperei quando postei minhas músicas on-line", afirma - veja "Faded".
E claro, todo esse sucesso não gera somente os pontos negativos, já que, assim como todo artista que precisa passar longas jornadas fora de casa, Walker confessa sentir falta de curtir com os amigos, da forma que fazia antes, de passar tempo com a família e também do seu cachoro, que não viaja com ele.
Sobre sua música, um detalhe interessante é a identidade sonora que o produtor consegue imprimir em suas faixas. Mesmo com uma pegada mais pop dentro do segmento eletrônico, suas faixas possuem elementos que marcam e identificam suas criações. O DJ diz que isso se deve principalmente ao início de seu processo criativo quando se inspirava em músicas calmas, old school, techno e house. "Eu acho bem legal poder misturar esses elementos e então criar o meu próprio esquema sonoro", destaca.
Outro elemento que ele também enfatiza como parte de seu processo criativo são as influências de trilhas sonoras. Ele gosta de ouvir Hans Zimmer e outros compositores que o inspiram a "fazer som com aspectos diferentes". Porém, Walker não conhece muito de música brasileira, mas deixa claro que gostaria de colaborar com artistas daqui. "Não importa de onde são as pessoas, no final o que vale é a música" e segue comentando sobre parcerias dizendo que adoraria realizar uma colaboração com o outro jovem prodígio da e-music, Martin Garrix, e também com vocalistas como Ellie Goulding e Zara Larsson.
Walker vem ao Brasil na próxima sexta-feira (21) para tocar no Electric Zoo Festival e comenta sobre as diferenças de se apresentar em festivais e clubes. "Em grandes eventos as pessoas querem curtir mais, já nos clubes as pessoas vão mais pela experiência com o artista e o set ganha mais nuances. Mas a questão é sempre ler o público".
Por fim, como todo jovem, ele entrega que é um aficionado por videogames, "mas está difícil de encontrar tempo para jogar". Walker encerra a conversa agradecendo os fãs brasileiros por todo o amor recebido por meio de suas redes e reforça que quer "[...] ver todos vocês quando estiver por ai".
O Electric Zoo Festival acontece no Autódromo de Interlagos e conta com nomes como Hardwell, Gui Boratto, ANNA, Vintage Culture entre outros.
