O DJ e produtor Nic Fanciulli é conhecido como um dos DJs ingleses mais refinados a ter conseguido seu espaço no mercado na última década. Iniciando a carreira aos 16 anos em Maidstone, uma pequena cidade no interior da Inglaterra, o jovem Fanciulli lapidou sua técnica ao assumir a residência em um clube local para posteriormente seguir para clubes e eventos ao redor do mundo. O artista foi uma das atrações do palco Resistance no ULTRA Rio que reuniu alguns dos principais nomes do Techno, House e Progressive durante o último final de semana, e conversou com o Omelete sobre seu primeiro disco, My Heart, que será lançado após dez anos de trabalhos, e também sobre o Brasil e sua empolgação com público daqui.
De entrada é interessante perceber como Fanciulli se sente após 20 anos de estrada e 10 anos trabalhando em um álbum que chega às mãos de seus fãs na próxima sexta-feira. O produtor confessa que o detalhe que deu mais trabalho para que o disco fosse lançado foi a confiança em sua música. “Eu tive um processo de dez anos para criar esse disco e acho que agora estou confiante e em um bom lugar com a minha música”. O inglês segue afirmando que poderia ter lançado antes, mas que seu processo de análise não ajudava a fechar o processo. “Eu estava sempre analisando demais o que estava fazendo. Este é um projeto de amor e esta, enfim, é a hora certa para lançar”, confessa.
Fanciulli também comenta que a semente para criar um álbum com a sua dinâmica surgiu quando recebeu uma indicação ao Grammy, em 2007. “Eu estava junto de músicos incríveis e então pensei: ‘Vou fazer um álbum incrível, musical e melódico’. Mas então você retorna para a cabine de DJ, para a estrada e um ano puxa o outro… E dez anos depois, nós estamos aqui, falando sobre esse lançamento. Mas quando eu digo que vou fazer algo, eu vou fazer algo. Enfim, eu fiz, é isso, e eu espero que vocês gostem”, enfatiza.
My Heart chega às plataformas de streaming no próximo dia 20 de outubro - a pré-venda já está liberada por aqui - e conta com a participação de nomes como Jamie Principle, Guy Gerber, Audion, Agoria e Damon Albarn. Recentemente, Fanciulli divulgou sua parceria com o vocalista do Gorillaz, "Saying", e você pode ouvir abaixo.
A sua carreira e o Brasil
No entanto, nem só de discos novos vive a carreira de Fanciulli que fez questão de destacar o quanto gosta de tocar no Brasil e o retorno do Techno como uma potência entre a audiência tupiniquim. “Eu amo o Brasil. Da última vez que toquei no Rio, eu tive um dos melhores shows da minha vida. Eu sentia a empolgação, eu me movia em direção à frente do palco e eu podia ver as pessoas muito empolgadas ali. O público do Brasil, pra mim, sempre foi incrível. Lá no começo dos anos 2000, antes da EDM chegar por aqui, o país era underground, então as coisas comerciais começaram a chegar, mudaram a vibe, mas você sabe, vocês têm alguns dos melhores clubes do mundo, Warung, The Edge, e eu amo vir pra cá e tocar pra todos vocês”, e se despede com um pedido: “Eu espero que vocês gostem muito do disco”.