Música

Entrevista

Royal Blood: "Não tem por que tocar se você não quer ser a maior banda do mundo"

Duo toca no Lollapalooza e faz show solo em Lolla Parties

21.02.2018, às 15H03.

No cenário do rock atual, poucas bandas recebem tanta aclamação quanto o Royal Blood. Os amigos de Brighton, na Inglaterra, lançaram apenas dois álbuns e já são considerados, por muitos, a salvação da música e o grande novo ato da música pesada. Sorte a nossa que o baixista e vocalista Mike Kerr e o baterista Ben Thatcher passarão pelo Brasil para dois shows em São Paulo, um no festival Lollapalooza e um mais intimista, no formato Lolla Party no Cine Joia.  

facebook/reprodução

Quando o duo lançou o seu álbum de estreia, auto-intitulado, em 2014, eles não esperavam o sucesso que veio. Eles explodiram no mundo e rapidamente estavam recebendo elogios de grandes nomes, como Dave Grohl ou Jimmy Page. Agora, eles vêm ao Brasil promovendo o trabalho do ano passado, How Did We Get So Dark?, que recebeu críticas positivas de modo geral, mas que foi vítima do sucesso do primeiro e da tamanha expectativa que foi construída em sua reputação.

Questionado sobre os efeitos que o sucesso do primeiro álbum teve no disco de 2017, Mike Kerr disse ao Omelete que a experiência do debut foi necessária: “A única consequência foi menos tempo para gravar. Mas a gente precisava ter passado por tudo para que este álbum saísse. É difícil de imaginara o que tudo seria sem o primeiro álbum”. How Did We Get So Dark foi, também, um álbum mais centrado na ideia de se livrar de referências anteriores. Enquanto o primeiro álbum serviu como base para apresentar a banda para o mundo, o segundo teve foco em extrair a essência do Royal Blood: “Não queríamos nenhuma referência. Queria fazer um álbum refinado do Royal Blood, uma redução de sons exteriores”.

Mike Kerr também fez questão de dizer que aceita o título de ‘maior nome do rock’. Não apenas dizendo que “não sente nenhuma responsabilidade com o peso das palavras”, Kerr fala que não existe outro objetivo nesta carreira: “Você precisa ter a atitude de querer ser a maior banda do mundo. Senão, não tem por que estar nesta vida. Qual é o ponto de seguir nesta jornada se você não quer ser a melhor banda do mundo?”.

Agora, em março, o Royal Blood volta ao país que lhe rendeu o maior show de sua vida, no Rock In Rio em 2015, onde tocou logo antes do Mötley Crüe e do Metallica. Para os fãs, Kerr avisa para não criar expectativas para a apresentação, onde eles farão uma mistura de músicas dos dois álbuns: “Não esperem nada, porque expectativa é sempre um problema. Só tragam seus amigos e suas bebidas, e vamos passar bons tempos juntos”.

Ouça How Did We Get So Dark?:

O Royal Blood toca no Lolla Party no dia 22 do março, no Cine Joia (saiba mais aqui), e no último dia do Lollapalooza, dia 23, no Autódromo de Interlagos - veja aqui o line-up completo.  

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