O músico e compositor Toninho Geraes moveu uma ação judicial contra a cantora Adele por conta da música Million Years Ago. A partir de agora a música fica proibida de ser executada em território nacional. Segundo O Globo, a decisão é da 6ª Vara Empresarial do Rio, que analisa uma ação de Geraes sobre possível plágio pela cantora britânica, a Sony e a Universal Music, bem como a XL Recordings (antiga gravadora da artista) e o produtor musical americano Greg Kurstin, co-autor da melodia.
O plágio apontado por Geraes, e por muitos fãs, indica que Million Years Ago é muito similar à canção Mulheres, que ficou popular na voz do cantor e sambista Martinho da Vila. As acusações começaram desde que a música foi lançada, em 2015, como parte do álbum 25.
Caso a medida seja descumprida, o juiz Victor Torres definiu uma multa de R$ 50 mil para cada descumprimento, por qualquer uma das partes envolvidas. Spotify, Deezer, YouTube Music e outras plataformas serão notificadas para que a canção seja removida de suas plataformas, sob pena de crime de desobediência.
O juiz definiu que o plágio ainda não pode ser comprovado, mas garante, em sua definição, que "é forte indício da quase integral consonância melódica" entre as duas múisicas. Além disso, o produtor original já admitiu ser fã da música brasileira, e do samba como um todo. De acordo com a decisão, a única forma de permitir a execução de Million Years Ago é sob autorização expressa do próprio Toninho Geraes, reconhecido oficialmente como autor.
A decisão é provisória e o processo foi iniciado em fevereiro, mas seguirá tramitando em análise a mais elementos e possíveis comprovações. Geraes solicita créditos devidos e R$ 200 mil em indenização, além de participação nas receitas arrecadadas pela canção. Ao O Globo, Sony e Universal, representantes de Adele no Brasil, negaram envolvimento na gerência ou participação no processo.