Depois de três anos longe dos palcos brasileiros, a banda Living Colour desembarca no país para duas apresentações - uma em São Paulo e outra no Rio de Janeiro. O quarteto vem de cinco shows lotados na Argentina e promete prestigiar o público com hits.
"Cult of Personality definitivamente será tocada, mas o restante ainda não sabemos", afirmou ontem o vocalista Corey Glover, em entrevista coletiva. "Temos um set list principal que muda com o tempo. Elvis is Dead, por exemplo, ficou fora durante muito tempo, mas resolvemos recolocar recentemente por conta do aniversário de morte do cantor", comentou o guitarrista Vernon Reid.
living colour
Os fãs argentinos puderam ver um mix de "Type" (de Time's Up, 1990), com "Police & Thieves", cover do The Clash, "Go Away" (do álbum Stain, de 1993), o funk divertido de "Glamour Boys" e a urgência do blues "Love Rears Its Ugly Head", além de "Elvis is Dead" combinada com "Hound Dog", do próprio Elvis, e as usuais improvisações entre os músicos. "Nossas influências estão no jazz, do soul, do funk, por isso, ao contrário de outras bandas de hard rock, improvisamos bastante e gostamos disso", explicou Reid. Do último trabalho, Collideoscope (2003), o quarteto escolheu "Flying" e "Sacred Ground".
No Brasil, o show deve seguir a mesma linha e contar com uma ou duas canções novas, que têm lançamento previsto para o próximo álbum. "Ele sai provavelmente em junho do ano que vem, mas vamos começar a trabalhar mesmo depois desses shows", disse Glover.
O Living Colour ainda não sabe em qual formato vai lançar esse trabalho por conta das mudanças que a indústria musical vem sofrendo com a popularização de sites como o Last.fm e o Myspace e um número cada vez maior de consumidores interessados em comprar faixas ao invés de álbuns inteiros. "A indústria ainda não conseguiu se achar e nós também estamos estudando a melhor forma de colocar as músicas no mercado, mas acredito que a música tem que ser gratuita na internet, disponível para quem quiser", declara o vocalista.
Também em 2008, o baterista do Living Colour, Will Calhoun, pretende lançar o documentário que produziu sobre o maracatu. Estudioso de ritmos regionais, o músico esteve no Brasil diversas vezes. "Fui à quadra da Mangueira, toquei com Naná Vasconcelos, estive na Bahia com Carlinhos Brown e conheci um percussionista de Pernambuco chamado Meia Noite, que tem uma escola sobre as culturas brasileira e angolana chamada Darue Malungo", comentou o músico.
E não é só Calhoun que mantém projetos paralelos. Corey Glover já esteve no cinema, em Platoon (1986), e agora atua no musical Jesus Christ Superstar (no papel de Judas) - do qual pediu alguns dias de folga para a turnê sul-americana. O baixista Doug Wimbish e Vernon Reid também tocam com outros músicos. "Mas no momento, o foco é o Living Colour", enfatizou o guitarrista.
Serviço
São Paulo
30 de agosto (quinta-feira)
22h00
Via Funchal (Rua Funchal, 65 - Vila Olimpia)
Preços: de R$ 90 a R$ 160Rio de Janeiro
31 de agosto (sexta-feira)
22h
Circo Voador (Rua dos Arcos, S/N - Lapa)
Preços: R$ 50 a R$ 100
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