Em uma decisão polêmica, a revista Glamour decidiu incluir Bono, cantor do U2, em sua lista anual de mulheres que buscam trazer algum impacto em questões sociais, políticas, econômicas e culturais ao redor do mundo. A cerimônia de premiação acontecerá em Los Angeles no dia 14 de novembro.
"A possiblidade de incluir um homem na premiação de Mulheres do Ano sempre esteve presente, mas havia sido posta de lado - homens ganham muitos prêmios, podemos deixá-los de fora dessa", disse Cindi Leive, editora-executiva da Glamour.
"Porém, essa mentalidade começou a ficar defasada. Existem tantos homens fazendo coisas maravilhosas pelas mulheres hoje em dia. A ideia de que um homem como Bono escolhe lutar diariamente por uma causa em prol das mulheres é sensacional e merece nossos aplausos", afirmou a editora.
No ano passado, Bono lançou uma campanha intitulada "Pobreza é Sexista", que luta pela igualdade de gênero no acesso à condições dignas de vida. De acordo com a organização One, 1 bilhão e meio de mulheres são analfabetas, e que as adolescentes respondem por 74% de novos casos de infecção pelo vírus HIV na África.
Em nota, o cantor comentou brevemente sobre a nomeação. "Somos todos responsáveis por esse problema, então temos que estar envolvidos na busca por uma solução", disse. Entre as outras nomeadas com o título, estão a ginasta olímpica Simone Biles, a cantora Gwen Stefani, e Patrisse Cullors, Alicia Garza e Opal Tometi, representantes do movimento social Black Lives Matter.
Nos palcos, o U2 prepara um CD novo para 2017, e já confirmou uma turnê para o ano que vem.
