O ULTRA Brasil começou nessa sexta (14), no Rio de Janeiro, depois de duas mudanças de local e, por fim, ser concebido no sambódromo da capital carioca.
Dentre os mais de 50 nomes escalados para se apresentar nos dois dias do evento, conversamos por e-mail com dois expoentes techno alemão, os DJ´s e produtores Matthias Tanzmann e a dupla Pan-Pot. Todos se apresentam no palco Resistance, focado em uma linha mais tech-house e progressiva da música eletrônica. Tanzmann é uma das atrações da sexta (14), enquanto Pan-Pot compõe o line-up do sábado que conta com um dos maiores nomes da cena eletrônica, Carl Cox.
Tanzmann chega ao Brasil com seu recém-lançado álbum, Momentum, sob os braços e garante que irá apresentar novas músicas para o público. "É muito bom tocar no ULTRA, é uma variedade muito grande de estilos, para um público bem amplo", destaca. E dá pistas do que deve vir em seu set, "Eu vou tocar tech house orgânico com muito groove, mais algumas faixas novas da minha gravadora, estou ansioso por isso".
Já Tassilo Ippenberger e Thomas Benedix, do Pan-Pot, dizem que mesmo já tendo tocado diversas vezes no Brasil, nunca se apresentaram no ULTRA, "Essa deve ser uma estreia incrível", e prosseguem, "Em festivais nós costumamos tocar músicas mais fortes do que em clubes, então o público pode esperar muita energia e também algumas músicas inéditas".
E claro, eles fazem parte da noite sob a curadoria de Carl Cox e ressaltam que, mesmo já participando da festa realizada pelo DJ em Ibiza, "tocar com ele é algo incrível. É uma honra fazer parte disso". Cox encerrou recentemente sua "residência em Ibiza" depois de mais de 20 anos como uma das principais atrações da ilha, e o Pan-Pot foi uma das atrações convidadas para participar da festa.
Além da música que os produtores criam e tocam, eles também são consumidores e conhecem um pouco de sons brasileiros. Tanzmann diz que ama samba e bossa nova. "Gosto da música de Tom Jobim e Gilberto Gil, claro". Já Ippenberger e Benedix, parecem mais ligados na cena eletrônica nacional, "ANNA [que também se apresenta no ULTRA] tem músicas muito boas, e a gente também conhece coisas do Gui Boratto e do Digitaria. A gente torce para que mais coisas surjam", destacam.
E por fim, com o ULTRA, como todo grande festival de música eletrônica, apostando em uma mistura de nomes comerciais - conhecido como EDM - e nomes mais expressivos em segmentos específicos, os alemães divergem um pouco sobre a importância da cena EDM como uma porta de entrada para outras vertentes.
"É a forma como eu gosto de ver [a EDM]. Como uma porta de entrada para conhecer música eletrônica além do comercial", destaca Tanzamann.
A dupla do Pan-Pot é um pouco mais incisiva ao dizer que "Pra ser bem honesto, eu não me importo com essa cena, existem coisas mais importantes para pensar e seguir. isso está bem fora da nossa rede de interesse", finalizam.
O Ultra Brasil acontece entre hoje (14) e amanhã, na Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro e conta com nomes como Carl Cox e Martin Garrix, Dash Berlin, Hardwell, DJ Snake, entre outros.
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