Ex-esposa do escritor Neil Gaiman, a artista Amanda Palmer negou as acusações de tráfico humano e de negligência feitas por uma ex-funcionária do casal. Gaiman e Palmer foram processados no começo da semana nos Estados Unidos, com a ação ainda citando crime de abuso.
Em seu perfil no Instagram, Palmer também escreveu que não irá responder às alegações feitas no processo e agradeceu os seguidores por respeitarem a sua privacidade. "Eu devo proteger meu jovem filho e o seu direito por privacidade", declarou.
O processo judicial vem meses após os primeiros detalhes sobre condutas condenáveis de Gaiman com mulheres de seu passado virem à tona. Scarlett Pavlovich entrou com um processo contra o casal em três estados diferentes, buscando ao menos US$ 1 milhão em indenização e uma condenção formal contra Gaiman e Palmer.
No processo, Pavlovich alega ter sido usada pelo casal na época em que foi trabalhar nas residências da dupla como babá. Ela alega que Gaiman a estuprou repetidas vezes e a manteve como "escrava sexual" no processo. Ela também acusa o autor de cultivar uma suposta reputação feminista, o que a fez pensar que ele seria confiável.
As primeiras acusações contra Gaiman surgiram no podcast da Tortoise Media, chamado de Master: The Allegations Against Neil Gaiman, publicado em seis capítulos, no final de 2024. Em janeiro deste ano uma reportagem da New York Magazine detalhou o caso e trouxe mais informações sobre a conduta de Gaiman contra Pavlovich e outras mulheres.
O autor chegou a se defender em seu blog pessoal, em 14 de janeiro, quando disse que nunca se envolveu em atividade sexual não consensual com ninguém. Já Amanda Palmer publicou em seu Instagram uma mensagem que dizia que não iria comentar o caso publicamente.
Com as acusações, diversas de suas obras adaptadas para TV e cinema foram canceladas, a exemplo de Good Omens, que não terá uma terceira temporada completa, Dead Boy Detectives e Sandman, que finalizará na segunda temporada, na Netflix.
