Como o visual de Fate: A Saga Winx ajudou a dar ar mais adulto para o desenho

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Netflix

Entrevista

Como o visual de Fate: A Saga Winx ajudou a dar ar mais adulto para o desenho

A designer de produção Susie Cullen fala sobre os desafios de criar um visual que refletisse a personalidade das fadas

10.02.2021, às 17H53.

Quando a Netflix anunciou em 2018 que faria um live-action de O Clube das Winx, os fãs da série original imediatamente começaram a pensar como seria o visual dessa produção, já que o desenho é situado nos anos 2000 e reflete bastante o estilo de cores e roupas da época. Com a divulgação dos primeiros trailers de Fate: a Saga Winx, ficou claro que a produção seria inspirada no universo das fadas, mas teria atualizações para agradar um novo público.

Em entrevista ao Omelete, Susie Cullen, designer de produção do seriado, revelou que o principal objetivo era unir um visual tradicional com detalhes modernos, para criar um ambiente com o qual o público pudesse se identificar. “Esse mundo é estabelecido em uma realidade familiar, mas com uma virada, que é o elemento fantástico. Então sempre olhávamos um objeto de cena e pensávamos: aquilo deve estar ali? Mas eventualmente paramos de pensar nisso. Essas coisas deveriam estar lá porque estamos abrangendo os dois mundos”.

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O visual das personagens foi pensado para refletir seus poderes. É por isso que Bloom (Abigail Cowen) usa peças com tons de vermelho e laranja, enquanto Terra (Eliot Salt) usa cores mais voltadas para o verde e marrom. Cullen explica que o trabalho do design de produção, nesse caso, é entrar em harmonia com o departamento de figurino e não tirar a atenção daquilo que ajuda a criar a personalidade de cada uma das fadas. “Vemos algumas cores em detalhes, nas paredes, em logos, que são um complemento, e não apenas mais uma coisa azul, por exemplo”.

“Todas as garotas dividem um quarto em Alfea, então as cores nos quartos precisavam funcionar para todos os poderes. Eu tentei misturar tudo isso, mas há várias diferenças. No caso de Musa, por exemplo, ela divide o quarto com Terra e fica em uma parte mais elevada do cômodo. Isso passa uma ideia de que ela pode ir para o quarto e escapar, ficar mais em um casulo, por causa de toda a influência externa”, completa.

Alfea e os especialistas

Um dos cenários mais importantes de toda a série é Alfea, a escola de fadas que ajuda Bloom e suas amigas a entender e controlar seus poderes. Segundo a designer de produção, era preciso que o local transmitisse a ideia de união entre o clássico e o moderno, um dos objetivos da produção.

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“Na parte exterior [de Alfea], nós aprimoramos um lugar que já existia com alguns elementos em computação gráfica. E tentamos levar essas influências externas para a parte interna. Quando elas entram, é quase como um casulo, uma área segura. Pensei em criar um tipo de palácio que seria alegre, com todas as coisas que os jovens esperam como o próximo passo de suas vidas. Então, há um ar de otimismo, aventura e empolgação. Não é um lugar com imposições, mas sim um local divertido”, explica Cullen, que também conta que era importante acrescentar bastante natureza ao redor. “Os elementos são a fonte de poder das fadas, então isso estaria na história de qualquer forma.”

Além das fadas, Fate: a Saga Winx também apresenta os Especialistas, personagens responsáveis pela segurança de Alfea e que lutam ao lado das fadas quando necessário. No desenho original, o grupo era formado apenas por homens, mas a série de TV mudou isso e colocou mulheres como parte importante da história. Susie Cullen conta que os Especialistas foram uma de suas primeiras preocupações.

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Como os personagens são guerreiros, seria muito fácil colocá-los em uma academia ou centro de treinamento, mas ela pensou em uma forma de unir o treino do grupo com seu objeto de proteção. “Pensei que a imagem mais poderosa que temos é de Alfea, então vamos colocá-los lá, construir as plataformas e dar a eles parte da escola, porque é isso que eles precisam proteger. É uma imagem muito forte, colocá-los em frente a essa coisa linda, enquanto treinam as habilidades para proteger o que está logo atrás deles. Isso criou uma imagem cinematográfica também e de conexão.”

Com tudo isso, Fate: a Saga Winx cumpriu bem o papel de ser uma atualização do desenho, como Cullen define: “A série tem ligação com o desenho, mas não é um remake. É como um próximo nível, porque o público cresceu e as personagens são mais adultas também. Esse mundo é mais sofisticado, com um amadurecimento natural, e as histórias que as personagens estão vivendo são mais sofisticadas também”.

A primeira temporada de Fate: a Saga Winx está disponível na Netflix.

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