O elenco coadjuvante de Orange is the New Black, um dos primeiros e maiores sucessos da Netflix, revelou em nova matéria do The New Yorker que a popularidade da série nunca se refletiu em seus pagamentos.
Dez atores são identificados pelo artigo: Kimiko Glenn (Brook), Alysia Reiner (Natalie), Beth Dover (Linda), Emma Myles (Leanne), Diane Guerrero (Maritza), Taryn Manning (Pennsatucky) e Lea DeLaria (Big Boo). Todas elas apontaram disparidade radical de salário entre protagonistas e coadjuvantes da série, e indicaram que o pagamento de residuais após o fim da produção, em 2019, foi irrisório.
Segundo elas, na primeira temporada da série o pagamento para as coadjuvantes foi correspondente ao piso exigido pelo SAG, o sindicato dos atores de Hollywood - ou seja, US$ 1 mil por episódio. Nos anos seguintes, algumas integrantes do elenco receberam aumentos (nenhuma chegou a ganhar mais do que US$ 15 mil por episódio), mas os salários das protagonistas da série eram desproporcionalmente polpudos (chegando a US$ 200 mil).
Já na questão dos residuais - que são os pagamentos dados a artistas após o lançamento inicial das séries, derivados da exibição contínua dos episódios em várias plataformas diferentes -, Myles contou ter recebido US$ 20 este ano, e Glenn relatou ter recebido um cheque de US$ 27.
Muitas das atrizes revelaram que, durante as filmagens, escolheram se segurar aos seus empregos "normais" - mesmo depois da consolidação do sucesso da série. Dover contou: "Na verdade, eu gastei mais do que ganhei para poder aparecer na 3ª e na 4ª temporadas, porque as filmagens foram em outro estado e tive que pagar pelas minhas passagens."
Myles definiu o sentimento: "Quando você é um jovem ator, tem essa ideia de que vai ficar rico quando atuar em uma série de sucesso, que vai ter uma casa com uma banheira e esse tipo de coisa. Bom, eu estive em uma série de sucesso, e continuo morando no mesmo apartamento de um quarto em que morava antes."
Orange is the New Black ficou no ar entre 2013 e 2019, contando as experiências da protagonista Piper (Taylor Schilling) e várias outras presidiárias em uma cadeia feminina nos EUA. A série venceu 4 Emmys e foi fundamental para consolidar a Netflix como uma produtora viável de conteúdo original.
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