Trabalhar com Zack Snyder é garantia de três coisas: diversão, companheirismo e cenários épicos. É o que dizem ao Omelete os astros de Rebel Moon: Parte 2 - A Marcadora de Cicatrizes, que elogiaram a dedicação do cineasta ao seu trabalho - mas também o ambiente descontraído que ele cultiva no set de filmagens.
“Para começar, o cara está sempre lá atrás da câmera... ele não dirige nada a distância. Quando estamos nas trincheiras de uma cena de batalha, ele está lá conosco”, contou Staz Nair, que interpreta o carismático guerreiro Tarak. “Isso constrói um nível de camaradagem que não existe em outras grandes produções, sem contar que mostra a atenção aos detalhes e o compromisso de Zack com as suas produções. Ele é apaixonado por aquilo, é um fã de cinema, e quer fazer parte de tudo com você”.
Ed Skrein, intérprete do vilanesco Almirante Noble na saga de ficção científica, completou: “Zack gosta de se divertir no set. Isso foi surpreendente para mim, porque eu fico meio focado e sério quando chego no dia de filmar. Não quero atrasar o trabalho de ninguém, sabe? Imagine que você está nessa mentalidade, mas daí chega e o seu chefe - o chefe de todos, o diretor - está lá fazendo brincadeiras, apostando com alguém se consegue acertar um papel numa lixeira que está a metros de distância… Isso enquanto gasta o dinheiro do estúdio! E ninguém lá tem moral para exigir que ele pare, entende?”.
Colega de Skrein no núcleo antagonista da trama, onde interpreta o terrível regente Balisarius, Fra Fee ecoou os comentários do colega: “É muito refrescante estar em um set onde a prioridade é se divertir. É um filme gigantesco, uma grande produção, mas no fim das contas estamos só fazendo algo juntos, e algo que deveria ser divertido! Parece revolucionário falar isso hoje em dia, mas filmes deveriam ser divertidos”.
Mas nem tudo é brincadeira no set de Snyder - ele levou muito a sério, por exemplo, a construção do universo de Rebel Moon. Nair contou ao Omelete que um grande diferencial da produção da Netflix é que os grandes cenários onde se passa a trama intergaláctica foram construídos de verdade, ao invés de realizados com CGI.
“Foi incrível para nós, como atores, poder experimentar como seria viver naquele mundo, de certa forma”, apontou, antes de revelar alguns números. “Se não me engano, ele plantou 600 mil metros quadrados de trigo, construiu uma vila inteira nas montanhas para as cenas em Veldt, desviou um rio para que ele passasse no meio do deserto... é impressionante. Todo esse trabalho nos ajudou muito a imergir na aventura que os personagens estavam empreendendo, e é um luxo nessa era em que o CGI pode resolver tudo para você”.
Rebel Moon: Parte 2 - A Marcadora de Cicatrizes chega à Netflix na próxima sexta-feira (19). O primeiro longa, batizado de A Garota do Fogo, já está disponível para streaming.
