ATENÇÃO: Spoilers de O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder a seguir!
A segunda temporada de O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder está cheia de pequenos detalhes que remetem à mitologia de J.R.R. Tolkien, mas um deles - visto no quinto capítulo da temporada, exibido hoje (12) - pode ter se mostrado um pouco mais familiar para os fãs dos filmes de Peter Jackson. Falamos das Portas de Durin, artefato criado em cooperação entre os anões de Khazad-Dûm (mais especificamente, o artesão Narvi) e os elfos de Eregion (liderados pelo lorde Celebrimbor).
Os fãs da franquia cinematográfica de O Senhor dos Anéis devem ter reconhecido as Portas de uma passagem importante do primeiro filme, A Sociedade do Anel (2001). É ao decifrá-las que a Sociedade, liderada por Gandalf (Ian McKellen), consegue adentrar as minas de Moria, uma antiga fortaleza de anões que se tornou, para a surpresa dos próprios viajantes, em uma morada de orcs e goblins - armadilha mortal para os heróis, que carregavam o Um Anel de Sauron, o próprio lorde das criaturas feiosas.
As Portas de Durin, como notou Celebrimbor no episódio, foram feitas com ithildin, uma substância criada pelo mestre élfico a partir do mithril - aquele minério que foi estopim do conflito entre anões e elfos na primeira temporada, e que mais tarde foi usado para construir os Anéis de Poder. O ithildin só fica visível a olho nu à luz do Luar ou das estrelas, e - além de estarem bem escondidas - as Portas de Durin só podiam ser abertas com uma senha “conhecida apenas por amigos”.
A introdução das Portas em Os Anéis de Poder deixa claro algo que os fãs mais casuais de O Senhor dos Anéis não devem saber: Moria e Khazad-Dûm, a montanha ocupada pelos anões durante a série, são a mesma coisa. E a mudança de nome da fortaleza, inclusive, é justamente consequência dos acontecimentos da Segunda Era da Terra Média, que acompanhamos em Os Anéis de Poder.
Como os espectadores provavelmente poderão testemunhar mais para o final da temporada, o reino élfico de Eregion é eventualmente atacado e despedaçado pelas forças de Sauron. Embora os anões de Khazad-Dûm enviem sua ajuda para os amigos, no fim das contas a região é largamente destruída, e o rei Durin III resolve proteger seu povo enclausurando-os na montanha. Aí começa um longuíssimo período de isolacionismo, em que os números de anões em Khazad-Dûm vão diminuindo, e a fortaleza só sobrevive vendendo cada vez mais do seu mithril para os outros povos da Terra Média.
Eventualmente, os anões cavam fundo demais, e acordam a temível criatura conhecida como Balrog (ele mesmo, aquele monstrão de fogo que encara Gandalf na famosa cena climática de A Sociedade do Anel). A criatura causa tanta destruição que, eventualmente, os anões deixam Khazad-Dûm de vez, e ela cai na escuridão, se tornando a morada solitária deBalrog e das criaturas das trevas, como orcs e goblins, que ousam tentar uma convivência com o monstro.
É neste período queo local é rebatizado de Moria - em sindarin, “O Poço Negro”. A antiga morada dos anões segue na mesma situação até o fim da Terceira Era, quando a derrota de Sauron (e do Balrog, pelas mãos de Gandalf) faz com que ela seja repopulada por uma nova geração de anões, liderada pelo rei Durin VII, um descendente distante de ambos os Durin - pai (Peter Mullan) e filho (Owain Arthur) - que vemos em Os Anéis de Poder.
O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder está disponível para streaming no Prime Video. Os novos capítulos são lançados semanalmente, sempre às quintas-feiras.